Os membros do Governo foram recebidos hoje com protestos à chegada ao Mosteiro de Tibães, em Braga, para a reunião do Conselho de Ministros, por algumas dezenas de manifestantes ligados a vários setores que exigiam melhores salários e progressão nas carreiras.
No protesto ruidoso, organizado pela União de Sindicatos de Braga (USB), os presentes usam megafones e buzinas, gritam palavras de ordem, empunham cartazes e as bandeiras de Portugal e da Fenprof.
Gritando palavras de ordem como “demissão”, “Governo escuta, Braga está em luta”, “a luta continua, nas escolas ou na rua”, “a educação é um direito, sem ela nada feito”, “o custo de vida aumenta, o povo não aguenta”, “é justo e necessário o aumento do salário”, “a justiça é um direito, sem ela nada feito”, os manifestantes fazem-se ouvir à passagem dos carros que transportam os carros dos ministros.
Em declarações à agência Lusa, Joaquim Rodrigues, da USB, explicou que o protesto visa afirmar as reivindicações dos trabalhadores de vários setores, nomeadamente da educação, da justiça, do têxtil, da metalurgia ou do comércio.
Para o dirigente sindical “é urgente o aumento dos salários dos trabalhadores, face ao aumento do custo de vida, dos bens essenciais, da habitação”, assim como a progressão nas carreiras.
Joaquim Rodrigues deu o exemplo dos professores ou dos oficiais de justiça, que têm estado em greve nos últimos meses.
Além disso, pediu ao Governo que permita a negociação dos contratos coletivos “parada desde 2003”.
O Governo realiza hoje o segundo dia do programa “Governo + Próximo” no distrito de Braga, que culmina com a realização de uma reunião descentralizada do Conselho do Ministros.