GNR de Vieira do Minho nem sempre consegue garantir patrulhas para sair à rua

Instituição garante que capacidade operacional nunca esteve em causa
Foto: Joaquim Gomes / O MINHO / Arquivo

O Posto da GNR de Vieira do Minho nem sempre tem mantido uma patrulha própria na rua, a chamada patrulha às ocorrências, nos três turnos diários que completam 24 horas do dia, mas a GNR diz que a resposta operacional nunca esteve comprometida.

Segundo o Comando Geral da GNR, a articulação com os postos limítrofes, especialmente o da Póvoa de Lanhoso e o da Vila do Gerês, tem permitido a resposta operacional, também em Vieira do Minho, permanentemente, graças à articulação interna.

O concelho de Vieira do Minho, fazendo fronteira com Trás-os-Montes, é atravessado pela Estrada Nacional 103 (de Viana do Castelo a Bragança), com grande sinistralidade, na margem esquerda do rio Cávado, no Gerês, no verão com muitos turistas.

Adiamento de segunda folga semanal não resolve

Entretanto, o adiamento do gozo de folgas complementares, sem data para cumprir, está a causar insatisfação, entre os militares do Posto da GNR de Vieira do Minho, falando-se até, entre os vários militares, de pedidos de transferência para outros postos.

O problema, parecendo à partida do foro interno, tem repercussões públicas, porque o Posto da GNR de Vieira do Minho nem sempre tem uma patrulha às ocorrências 24 horas por dia, mas a GNR diz que mesmo assim o serviço operacional é assegurado.

A situação, de ao longo destas últimas semanas, os militares daquele posto territorial só terem garantida uma folga semanal, em vez das duas folgas semanais, conforme está previsto, coincidiu com a mudança de comando, na GNR de Vieira do Minho.

Insatisfação entre os militares do Posto da GNR de Vieira do Minho. Foto: Joaquim Gomes / O MINHO

Os militares do Posto da GNR de Vieira do Minho não se conformam com o facto de nem o adiamento sine die das suas folgas complementares (a segunda folga semanal), permitir, sequer, que, afinal, haja as patrulhas às ocorrências, nas 24 horas do dia.

Por outro lado, questionam por que razão os outros postos limítrofes da GNR, com menos efetivos, conseguem manter as duas folgas semanais aos seus militares, enquanto em Vieira do Minho, ao contrário do que sucedia até agora, deixou de ser possível.

GNR afirma manter capacidade operacional

O Comando Geral da GNR, através de resposta a O MINHO, afirma que “a Guarda Nacional Republicana, na zona de ação do Posto Territorial de Vieira do Minho, tem feito um balanceamento dos meios, os quais permitem acautelar as necessidades operacionais que se consideram necessárias e adequadas”, justificando assim o adiamento do gozo de férias aos seus militares.

“O Posto Territorial de Vieira do Minho tem um efetivo de 28 militares, no entanto, atendendo ao período de férias e situações relacionadas com o gozo de outro tipo de licenças, devidamente reguladas, foi necessário ajustar o efetivo e agrupar com os Postos limítrofes, nomeadamente, o Posto Territorial da Póvoa de Lanhoso e o Posto Territorial do Gerês”, acrescenta a GNR.

“Não obstante, nunca esteve comprometida a resposta operacional da GNR na zona de ação de Vieira do Minho”, acrescenta a tenente-coronel Mafalda Gomes de Almeida, porta-voz e a chefe da Divisão de Comunicação e Relações Públicas da GNR.

 
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