Um galego suspeito de atear vários fogos florestais no Parque Transfronteiriço Gerês-Xurés, reserva mundial de biosfera da UNESCO, foi já identificado pelas autoridades espanholas, que vão entregar esta semana o processo ao Tribunal de Instrução Criminal de Bande, sede da Comarca da Baixa Límia, na Galiza.
Os agentes ambientais da Unidade de Investigação de Incêndios Florestais identificaram um homem, residente na freguesia de Lobás, do concelho raiano de Calvos de Randín, que faz fronteira com Montalegre, através de Tourém, bem como os Parques.
Ao suspeito é imputada a autoria de vários incêndios florestais, alegadamente colocados na localidade de Lobás, a fim de assim queimar parcelas de vegetação em redor da sua propriedade, no Parque Transfronteiriço Gerês-Xurés, entre Portugal e a Galiza.
Os vários fogos florestais foram cometidos já este mês, o primeiro dos quais há uma semana, no dia 14 de abril, levando aquele serviço operacional da Conselheira do Meio Rural da Junta da Galiza a indiciar o proprietário rural, com a recolha de vestígios considerados fortemente indiciários.
Segundo aqueles investigadores criminais especializados em fogos florestais, os indícios já recolhidos permitem constituir o suspeito como arguido a apresentá-lo agora no Tribunal de Instrução Criminal de Bande, na sede da Comarca da Baixa Límia, segundo apurou O MINHO esta segunda-feira.
Entretanto, a Unidade de Investigação de Incêndios Florestais está a investigar um outro fogo florestal, este na freguesia de A Pereira, concelho de Entrimo, dentro do Parque Natural Baixa Límia-Serra do Xurés, o maior dos seis parques naturais da Região Autonómica da Galiza, parque que por sua vez integra o Parque Transfronteiriço Gerês/Xurés, com quase 100 mil hectares e uma linha de fronteira de cerca de 100 quilómetros entre Portugal e Espanha.