O ministro das Infraestruturas afirmou hoje que a resolução da dívida histórica da CP é “determinante para devolver normalidade” à empresa e disse acreditar que “a paz social” conseguida entre administração e os sindicatos não está em risco.
“A CP é uma empresa sólida, com futuro, com indicadores que ainda não nos satisfazem, mas estão numa trajetória de recuperação e queremos consolidar essa trajetória, mas um dos elementos fundamentais deste processo de reestruturação, modernização e consolidação da CP é o saneamento da dívida histórica”, afirmou o ministro das Infraestruturas, João Galamba.
Em declarações aos jornalistas, à margem de uma visita às oficinas da CP em Contumil, no Porto, João Galamba afirmou que o saneamento da dívida da CP permitirá à empresa “funcionar com normalidade”, mas também “entrar na alta velocidade”.
“Estamos a trabalhar ativamente com o Ministério das Finanças na resolução desta questão, é uma medida que consta do Orçamento de Estado para 2023 e que será executada antes do final do ano”, acrescentou.
Destacando que este é “um caminho difícil” que Qnão se faz de um dia para o outro”, o ministro disse compreender a insatisfação de muitos portugueses com a qualidade do serviço prestado pela empresa, mas apelou a que compreendessem que o Governo e a administração estão a fazer um esforços.
“Pedimos também que compreendam que estamos a fazer um esforço”, referiu, dizendo, no entanto, reconhecer que a CP “não prestou um bom serviço aos portugueses nos primeiros seis meses” deste ano.
“Mais importante agora do que salientar a dificuldade dos primeiros meses, gostava de dar os parabéns à CP por num clima difícil ter conseguido chegar a acordo com todos os sindicatos”, disse.
Questionado sobre a possibilidade de existirem novas greves, o ministro garantiu que “esse período difícil está ultrapassado”.
“Neste momento, não temos nenhuma razão, nem nenhum dado que permita suspeitar que a paz social possa estar em risco”, observou, dizendo ainda que tanto a administração da CP como o Governo estão disponíveis para negociar com os sindicatos, mas “com um valor acima de tudo que é a sustentabilidade e viabilidade da CP enquanto empresa pública de transportes”.