A exposição “É tudo uma questão de performatividade”, com trabalhos de 19 artistas sobre a importância do lado ‘performativo’ na arte contemporânea, é inaugurada no sábado, no Fórum Cultural de Cerveira, em Vila Nova de Cerveira.
A exposição, centrada na emergência da ‘performance’ no âmbito da arte contemporânea em Portugal, será inaugurada pelas 16:00 de sábado, e estará patente até 26 de maio, no Museu da Bienal Internacional de Arte de Cerveira.
A comissária da mostra, Elisa Noronha, explicou que as manifestações artísticas, no ‘sentido performático’ dos anos 1970 e 1980, se relacionam com as primeiras edições, mais experimentais, da própria bienal, estabelecendo uma ligação entre o evento e momentos artísticos, “sobretudo aqueles onde o corpo, o gesto e a ação do artista passam a constituir e a ser a própria obra de arte”.
A Bienal, bem como outros eventos de cariz artístico, nasceu após a Revolução do 25 de Abril de 1974, “um espaço privilegiado de promoção e afirmação da ‘performance’ como categoria ou género artístico”, com a história de ambos a construir-se “mutuamente”, referiu a comissária, citada em comunicado.
A inauguração conta ainda com uma ‘performance’ de Beatriz Albuquerque, “reconhecida pelas práticas interdisciplinares entre ‘performance’ e novos media”, intitulada “Jogo: A Festa do Chá”.
Ao todo, estão representadas, na mostra, obras de 19 nomes diferentes, de várias gerações artísticas, numa iniciativa integrada num projeto da FBAC, que visa celebrar os 40 anos da realização da bienal.
Entre os artistas representados, destacam-se para Gracinda Candeias, Gerardo Burmester, Inês Norton, Vera Martins, Vítor Rua e Manoel Barbosa, entre outros, sendo que os coletivos Artitude:01 e Renaissance 2001 também estão representados na exposição.
À margem da mostra, a Fundação Bienal de Cerveira organiza ainda um ciclo de debates sobre o tema, em abril e maio, intitulada “Arqueologia da ‘performance’ em Portugal: escavação, história, memória e arquivo”.
No sábado, a sessão conta com Verónica Metello, mestre em História da Arte Contemporânea pela Universidade Nova de Lisboa, antes dos ‘performers’ Manoel Barbosa e Vânia Rovisco, no dia 14, e com a investigadora Hélia Marçal a fechar, a 12 de maio.