Declarações dos treinadores do FC Porto e do Vizela no final do encontro da terceira e última jornada do Grupo A da Taça da Liga de futebol, que se realizou no Porto:
Tulipa (treinador do Vizela): “Fomos competentes durante 45 minutos. Tínhamos outro plano para a segunda parte em função do que vimos na primeira. Queríamos ir atrás de um resultado que nos apurasse, mas o FC Porto foi melhor. As mudanças no FC Porto deram uma riqueza diferente à equipa. Não conseguimos controlar o jogo interior do FC Porto.
O FC Porto começou a ter muito tempo para decidir e jogadores desta qualidade com tempo, são fortes, capazes e eficientes. Ficámos a perder por 2-0 e a equipa perdeu o ânimo e momentaneamente o norte. Foram duas partes diferentes. A primeira parte foi bem jogada, fomos competitivos. Não é fácil tirar a bola ao FC Porto, mas fizemo-lo na primeira parte.
A nossa ideia era vir aqui e colocar em prática o que treinámos e o que foi o passado recente da equipa. Não vamos nem podemos mudar tudo. Há algumas coisas que foram bem feitas e quisemos trazê-las para o jogo.
Temos gente competente. A equipa era muito bem orientada e tem gente com caráter. A equipa apresentou um défice a nível físico em alguns momentos, é normal, a metodologia é diferente. Houve stress pelo que aconteceu e não é fácil os jogadores lidarem com isso. Mas eles têm uma vontade muito grande, são muito unidos. Estamos preparados para lutar pela permanência”.
Sérgio Conceição (treinador do FC Porto): “Não saí muito satisfeito com a primeira parte. Tenho a certeza de que se entrasse o mesmo onze na segunda parte dariam resposta diferente. Perceberam que não estávamos a fazer o que devíamos como equipa. O Vizela e a forma como atua o adversário não podemos controlar, mas sim o condicionar as suas características. Somos muito fortes na pressão e permitimos essa dinâmica com bola. Foi entretido, um jogo de nível mais baixo. Na segunda parte, com mais alterações, foi melhor a todos os níveis. Depois fizemos os golos e foi uma vitória justa.
Já tive oportunidade de falar sobre isso na antevisão a este jogo. Disse que podemos tirar algumas conclusões lá para a frente. É importante estarmos atentos. Alguns vieram lesionados das seleções, mas não podemos controlar. Os que estão disponíveis, casos do Taremi e do Otávio, chegaram muito bem, focados, concentrados e fisicamente disponíveis e bem para dar o seu contributo à equipa. Quem ficou cá, trabalhou connosco não só a nível coletivo, vimos alguns jogadores de forma assídua da equipa B e fizemos muito trabalho específico com eles. As conclusões vamos tirar mais lá para a frente.
O Marko (Grujic) continua num processo evolutivo importante, mas não é o único. Ele é um médio forte fisicamente e que tem impacto grande no jogo nesse aspeto. É evoluído tecnicamente, tem qualidade de passe curto e longo, mas faltava-lhe alguma capacidade para aparecer em espaços diferentes. Na parte do final do ano passado já conseguiu ter essa evolução e este ano, está bem melhor. É um médio em quem confiamos e por isso é que está aqui em definitivo. Conheço-o e as suas qualidades agradam-me. A sua evolução tem sido muito positiva.
Já me expressei nas redes sociais. Tenho alguma dificuldade. Era um grande amigo, ajudou-me muito quando cheguei ainda jovem a Roma. Criámos laços fortes, tivemos vivências importantes e fantásticas. Esses são os verdadeiros troféus para mim. Infelizmente, partiu cedo demais. Um abraço para a toda a sua família e para os amigos que sentiram, como eu, a sua partida”.