A pequena Leonor, da freguesia de Viatodos, em Barcelos, tem continuado os tratamentos para amenizar as consequências de uma anoxia neonatal que lhe provocou lesões graves à nascença, e o seu quinto aniversário ficou marcado por uma grande onda de solidariedade que juntou cerca de 300 pessoas numa quinta em Nine, Famalicão.
Empresas, músicos, ranchos folclóricos, associações, amigos e também anónimos criaram todas as condições necessárias para uma festa com direito a concerto oferecido pelo conhecido Vítor Rodrigues e uma atuação do Grupo Folclórico Infantil e Juvenil de São Tiago de Gavião, cujos elementos pagaram algumas horas de terapia à criança de Barcelos.
Como O MINHO tem vindo a noticiar, Leonor Fernandes sofre de incapacidade e tem vindo a desenvolver tratamentos numa clínica especializada em Braga. Mas o valor de uma ronda de tratamentos de estimulação intensiva custa mais de 8.000 euros.
“Conseguimos angariar cerca de dois meses de terapia”, contou Ana Rita Fernandes a O MINHO.
A mãe confessou-se “abençoada” pelo “exército” que a pequena Leonor construiu, remetendo para as cerca de 300 pessoas presentes na festa de aniversário dos cincos anos.
“Conquistas medicos, terapeutas, exército do plástico, amigos, de longe e de perto unem-se por ti, não deixas indiferente todos aqueles que têm bom coração”, disse a progenitora, considerando que se tratou de “um dia mágico, sincero e cheio de sentimentos”.
Segundo Ana Rita Fernandes, Vítor Rodrigues, conhecido cantor, foi seu colega de escola, e ofereceu umconcerto durante o evento. Já a empresa de som Real Team cedeu todo o material técnico
Anónimos contribuíram com as sobremesas e com artigos para um cabaz sorteado, empresas e artistas ofereceram pinturas faciais e insufláveis e pastelarias cederam pão e o famigerado bolo de aniversário.
A caixinha-mistério da freguesia de Remelhe, onde foi angariado dinheiro ao longo do ano, garantiu “mais de uma semana de terapias”, disse Ana Rita Fernandes.
Agradecimento ainda para a associação ASLA que dispôs do seu tempo para “ajudar a causa”.
“Dói, doi muito, sabemos que é uma causa dura e trabalhosa, e cada um tem os seus problemas e dificuldades mas havemos de aguentar com os que querem ir… firmes e fortes. Pois a nossa mentora a Leonor essa sim a verdadeira GUERREIRA. Ensinas-nos a cada dia que com a resiliência e força, a melhor recompensa será sempre o sorriso estampado no coração do outro”, concluiu a mãe da Leonor.