O ‘ferry’ internacional que liga Caminha, no Alto Minho e La Guardia (Galiza) vai parar, a partir da próxima segunda-feira, para a conclusão da limpeza do canal de navegação, disse hoje à Lusa o autarca minhoto.
“A partir de segunda-feira, a operação de limpeza do canal vai ser feita com recurso a outro tipo de embarcação. Até aqui, foi utilizado um sistema de extração. Agora vai ser utilizada uma técnica de escavação. Os trabalhos deverão concluídos até final do mês”, explicou o socialista Miguel Alves.
O ‘ferryboat’ Santa Rita de Cássia retomou o funcionamento no fim de semana da Páscoa, por se tratar “um período de grande dinâmica turística”, e depois de 11 meses de paragem devido ao assoreamento junto ao cais de atracação.
A interrupção com início na próxima segunda-feira já tinha sido adiantada pelo autarca quando anunciou o retomar das ligações entre as duas localidades, através do rio Minho durante período pascal.
Miguel Alves disse ainda que o “ferry” funcionou esta semana, “apesar de condicionado pelas marés” e adiantou que vai também assegurar as ligações fluviais durante este fim de semana entre as 12:30 às 18:00″.
A operação de dragagem de mais de 19 mil metros cúbicos de areia do cais de atracação começou no passado dia 17 de março, num investimento de 72 mil euros “integralmente” suportado pela Câmara de Caminha.
O ‘ferryboat’, que começou a cruzar o rio Minho em 1995, parou em abril do ano passado para a renovação do certificado de navegabilidade e para a realização de obras no pontão flutuante e de extração de areias junto ao cais.
Aquela dragagem começou em junho passado, orçada em cerca de 16.875 euros, e não resolveu o assoreamento junto ao cais.
Caminha é único concelho do vale do Minho que depende do transporte fluvial para garantir a ligação regular à Galiza, enquanto os restantes quatro concelhos da região dispõem de pontes internacionais.