Braga
Feirantes desentendem-se e quase chegam a vias de facto em Braga
Sorteio dos lugares teve de ser adiado
Os comerciantes que operam, às quintas e sábados, na chamada “feira da venda ambulante”, na Alameda do Estádio, em Braga, e que vão passar, a partir de quinta-feira, para o espaço próprio existente no sopé do Picoto, desentenderam-se, esta tarde, entre si, antes da realização de sorteio de lugares, quase chegando a vias de facto.
“Alguns engalfinharam-se e empurraram-se, em grande sururu, por divergências sobre o sorteio”, disse a O MINHO fonte ligada ao processo, salientando que tal ocorreu à porta do edifício da Câmara Municipal. Por isso, e para que não houvesse mais disputas, os próprios representantes dos diferentes grupos de feirantes pediram à vereadora Olga Pereira para não realizar o sorteio, tendo este procedimento sido adiado, pela segunda vez, para esta quarta-feira.
A mesma fonte revelou que Olga Pereira decidiu que será o seu próprio Gabinete a fazer o sorteio, mas gravando a operação para que não haja dúvidas da sua veracidade, comunicando depois os resultados aos interessados.
Conforme O MINHO hoje noticiou, os feirantes devem desistir de entregar uma providência cautelar para exigir que a feira volte para as imediações do Mercado Municipal.
De resto, hoje foram aceites as inscrições de mais seis operadores, (eram 58 mas são agora 64,os que vão trabalhar no sopé do Picoto, o que deve suceder já a 2 de fevereiro, quinta-feira. O sorteio de lugares estivera já marcado para ontem, mas foi adiado para esta tarde, a pedido dos próprios interessados…
Pedem o dobro do espaço, 50 m2
Contactado pelo O MINHO, o advogado que representa os feirantes, Francisco Peixoto disse que “a desistência ainda não está decidida”, isto porque se pediu à Câmara que aceite a duplicação de 25 para 50 m2, da área a ocupar por cada tenda ou viatura: “Queremos esse espaço para operar em condições, mas não aceitámos que o Município cobre preços de mercado por essa área”.
A este propósito, a vereadora Olga Pereira adiantou a O MINHO que, por ocasião da presente mudança de local foi aumentada a área disponibilizada aos operadores de oito para 25 m2: “pediram mais 25 m2, mas esses terão de ser pagos”, afirmou.
Sobre a eventual desistência do recurso a uma medida cautelar no Tribunal Administrativo e Fiscal de Braga, a autarca disse que “não tem confirmação oficial, já que apenas lhe chegaram rumores”.
Reitero que “a localização da dada feira é a melhor para o interesse dos vendedores e para o concelho, já que tem todas as condições, as sanitárias, de estacionamento e de transporte público”.
Sobre o sorteio dos lugares, Olga Pereira sublinha que a iniciativa marcada para ontem foi adiada, já que os presentes pediram que, fosse feita, não com a presença de todos os feirantes, mas com um representante de “cada etnia” eleito pelos restantes.
Recorde-se que, “a posição da Autarquia é apoiada pela direção do Lar Conde Agrolongo, cujo presidente Cerqueira Alves diz estar “solidário” com a decisão: “é uma questão humanitária. Temos aqui cerca de 200 utentes que eram incomodados com a feira a decorrer à nossa porta, e o próprio Lar via os acessos das traseiras cortados, e saliente-se que por ali entram muitos idosos com dificuldades de locomoção, bem como ambulâncias, medicamentos e bens alimentares”, adiantou.
E acrescentou: “Quando as feiras se realizavam na rua que encosta ao Lar, o clima era mau e até agressões havia”.
Até 2020, a feira realizou-se nas imediações do Mercado Municipal, mas, com o aparecimento da pandemia de covid-19, foi transferida “provisoriamente” para a alameda do estádio municipal, por razões sanitárias.
-
PaísHá 2 dias
Euromilhões: Prémio de 281 mil euros saiu em Portugal
-
BragaHá 2 dias
Casas em frente ao escadório do Bom Jesus de Braga à venda por 62 bitcoins
-
GuimarãesHá 24 horas
Hummer estacionado atrai curiosos em Guimarães
-
Viana do CasteloHá 1 dia
Empresário de Viana abre negócio de bolhas com jacuzi em Trás-os-Montes