Feirantes de Braga vão desistir de providência cautelar para regressar ao Mercado

58 já se inscreveram para operar no novo local
Feirantes de braga vão desistir de providência cautelar para regressar ao mercado

Os comerciantes que operam, às quintas-feiras e sábados, na chamada “feira da venda ambulante”, na Alameda do Estádio, em Braga, devem desistir de entregar uma providência cautelar para exigir que a feira volte para as imediações do Mercado Municipal.

De resto, 58 dentre eles já se inscreveram para trabalhar no sopé do Picoto, o que deve suceder já a 02 de fevereiro, quinta-feira. O sorteio de lugares esteve marcado para ontem, mas foi adiado para esta tarde, a pedido dos próprios interessados.

Contactado por O MINHO, o advogado que representa os feirantes, Francisco Peixoto, disse que “a desistência ainda não está decidida”, isto porque se pediu à Câmara que aceite a duplicação de 25 para 50 m2, da área a ocupar por cada tenda ou viatura. “Queremos esse espaço para operar em condições, mas não aceitámos que o Município cobre preços de mercado por essa área”, salientou.

A este propósito, a vereadora Olga Pereira adiantou a O MINHO que, por ocasião da presente mudança de local. foi aumentada a área disponibilizada aos operadores de oito para 25 m2. “Pediram mais 25 m2, mas esses terão de ser pagos”, afirmou.

Sobre a eventual desistência do recurso a uma medida cautelar no Tribunal Administrativo e Fiscal de Braga, a autarca disse que “não tem confirmação oficial”, já que apenas lhe chegaram “rumores”.

Reiterou que “a localização da feira é a melhor para o interesse dos vendedores e para o concelho, já que tem todas as condições, as sanitárias, de estacionamento e de transporte público”.

Sobre o sorteio dos lugares, Olga Pereira sublinha que a iniciativa marcada para ontem foi adiada, já que os presentes pediram que fosse feita, não com a presença de todos os feirantes, mas com um representante de “cada etnia” eleito pelos restantes.

Lar Conde de Agrolongo apoia

Recorde-se que a posição da autarquia é apoiada pela direção do Lar Conde Agrolongo, cujo presidente, Cerqueira Alves, diz estar “solidário” com a decisão: “É uma questão humanitária. Temos aqui cerca de 200 utentes que eram incomodados com a feira a decorrer à nossa porta, e o próprio Lar via os acessos das traseiras cortados, e saliente-se que por ali entram muitos idosos com dificuldades de locomoção, bem como ambulâncias, medicamentos e bens alimentares”.

E acrescentou: “Quando as feiras se realizavam na rua que encosta ao Lar, o clima era mau e até agressões havia”.

Até 2020, a feira realizou-se nas imediações do Mercado Municipal, mas, com o aparecimento da pandemia de covid-19, foi transferida “provisoriamente” para a alameda do estádio municipal, por razões sanitárias.

Agora, a Câmara comunicou aos feirantes a decisão de mudar de local, a partir de 05 de fevereiro.

 
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