Esta terça-feira, faz 39 anos que morreu António Variações.
António Joaquim Rodrigues Ribeiro, nome de batismo, nasceu em Fiscal, Amares, em 03 de dezembro de 1944 e faleceu em Lisboa em 13 de junho de 1984, com 39 anos.
Deixou dois álbuns – “Anjo da Guarda” (1983) e “Dar & Receber” (1984) – que marcaram indelevelmente a história da música pop em Portugal.
Foi para Lisboa com 12 anos
Como O MINHO deu conta numa reportagem por ocasião do 35.º aniversário do seu falecimento, com apenas 12 anos, António Joaquim Rodrigues Ribeiro chegava a Lisboa para cumprir uma profunda determinação pessoal: deixar a vida rural, na freguesia de Fiscal, em Amares, onde vivia com os pais Deolinda de Jesus e Jaime Ribeiro para abraçar um mundo diferente.
O facto de a irmã Lurdes já viver na capital, ajudou o pequeno António a procurar o seu sonho, deixando, assim as deficientes condições de vida. Fez a quarta classe na terra Natal, começou a trabalhar cedo mas “sempre com a ideia firme de ir para Lisboa” como diz Manuela Gonzaga no seu livro ‘António Variações, Entre Braga e Nova Iorque’.
O estilo irreverente começou muito antes da música, numa altura em que opta por ser cabeleireiro. Seria esse estilo que marcaria uma época e um cantor que todos consideravam “tímido e meigo”.
Filme inspirado na sua vida foi o mais visto de 2019
A sua vida inspirou o filme “Variações”, realizado por João Maia, e que foi parcialmente gravado na freguesia de Fiscal, em Amares.
“Variações” foi o filme português mais visto em 2019, com quase 280 mil espectadores.
A sua música foi alvo de recriação por diversos artistas nacionais, realçando-se o projeto “Humanos” que redescobriu a obra de Variações, através de um disco, lançado em dezembro de 2004, com canções da sua autoria que nunca tinham sido editadas.
Antiga escola ‘vira’ museu
A obra estará concluída dentro de dois anos.
A família de António Variações, na voz de um dos irmãos, Carolino Ribeiro, mostrou-se agradada com o projeto, considerando que “é um contributo merecido para a freguesia, para o concelho e, principalmente, para o António, que realmente merece todas as homenagens que são feitas em nome dele”.
