Faz hoje 20 anos que morreu a irmã Lúcia

A mais velha dos três videntes de Fátima
Foto: DR

Faz hoje 20 anos que morreu a irmã Lúcia, a mais velha dos três videntes de Fátima em 1917.

Lúcia de Jesus faleceu em 13 de fevereiro de 2005, aos 97 anos, depois várias décadas vividas em clausura no Carmelo de Coimbra.

Vinte anos depois, o seu processo de canonização decorre no Vaticano, tendo sido reconhecida como venerável, em junho de 2023, com a publicação do decreto que reconhece as “virtudes heroicas”.

“A distinção entre a vida da Venerável Serva de Deus e as Aparições é difícil, porque muito do seu sofrimento se deveu a elas: esteve sempre escondida, protegida, guardada. Vê-se nela toda a luta para manter unidas a excecionalidade dos acontecimentos que presenciou e a normalidade de uma vida monástica como a do Carmelo”, refere a Santa Sé, citada pela Agência Ecclesia.

Esta é uma fase do processo que leva à proclamação de um fiel católico como beato, penúltima etapa para a declaração da santidade; para a beatificação, é agora necessária a aprovação de um milagre atribuído à intercessão da religiosa carmelita.

Lúcia Rosa dos Santos, mais tarde a irmã Maria Lúcia de Jesus e do Coração Imaculado, nasceu em Aljustrel (Fátima), a 28 de março de 1907; foi batizada dois dias depois, a 30 de março, e fez a primeira comunhão aos seis anos de idade.

Juntamente com os santos Francisco e Jacinta, seus primos, foi um dos três videntes que testemunharam seis aparições de Nossa Senhora na Cova da Iria, segundo os seus testemunhos, reconhecidos pela Igreja Católica.

Francisca e Jacinta Marto morreram em 1919 e 1920, respetivamente.

Segundo a Agência Ecclesia, após as Aparições de Fátima, Lúcia Rosa dos Santos (nome de batismo), entrou no Colégio das Irmãs Doroteias, no Porto, em 1921, congregação onde foi religiosa a partir de 1928, permanecendo na Comunidade de Tuy e Pontevedra, na Galiza.

No dia 25 de março de 1948, a Irmã Lúcia entrou para o Carmelo de Santa Teresa em Coimbra, onde tomou o hábito de carmelita no dia 13 de maio de 1948 e professou em 31 de maio de 1949.

Por indicação do bispo de Leiria, José Alves Correia, a Irmã Lúcia redigiu as memórias das Aparições de Fátima entre 1935 e 1941, cuja edição crítica foi publicada em setembro de 2016, as quais foram retomadas a pedido de monsenhor Luciano Guerra, reitor do Santuário.

De acordo com a mesma fonte, no dia 13 de maio de 1967 regressou a Fátima para participar no cinquentenário das Aparições, a pedido do Papa Paulo VI, e nas três peregrinações do Papa João Paulo II (1982, 1991, 2000).

A Irmã Lúcia morreu no dia 13 de fevereiro de 2005 e foi sepultada no Carmelo de Coimbra; o seu corpo foi trasladado para a Basílica do Rosário de Fátima no dia 19 de fevereiro de 2006, onde foi tumulado ao lado da sua prima, Santa Jacinta Marto.

 
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