Famalicão: Construtora vai transformar fábrica em ruínas numa escola de música

Obras públicas

Já arrancou a empreitada de construção da futura Escola Profissional Artística do Vale do Ave (ARTAVE) e do futuro Centro de Cultura Musical (CCM), num processo de reabilitação e reconversão da antiga Fábrica da Cegonheira, no centro da cidade de Famalicão, que ronda os 6,5 milhões de euros.

O novo edifício terá mais de seis dezenas de salas de aula, de diferentes tipologias, biblioteca e zonas administrativas salas de ensaio e auditórios. O edificado desenvolve-se junto ao núcleo escolar da cidade, estando inserido na Área de Reabilitação Urbana de Famalicão.

Terá quatro pisos acima do solo e um subterrâneo, numa área bruta de construção de aproximadamente 9.500 m2, com 47 salas de dimensões médias com áreas que oscilam entre os 18 e os 50 m2, e 16 salas de maior dimensão com áreas entre os 60 e os 320 m2.

Foto: Gabriel Couto

Estará dotado de diversos espaços para exposições e zonas de auditórios, constituídas por um grande auditório com uma capacidade de 450 lugares, um segundo com lotação para 200 pessoas e quatro salas de ensaio que poderão ser transformadas em auditórios de 120 lugares.

A obra, a cargo da construtora famalicense Gabriel Couto, nasce a partir das ruínas da antiga Cegonheira, histórica empresa metalúrgica que foi demolida em meados de 2021. Agora, nasce este novo complexo escolar, que vai sedimentar o trabalho artístico que estas instituições de Ensino Profissional Artístico, de referência nacional e internacional, têm desenvolvido há mais de três décadas no concelho de Famalicão.

Em comunicado enviado à imprensa, a Gabriel Couto, adianta que o projeto de arquitetura tem a assinatura do atelier “Aurora Arquitectos”, e que “na sua conceção procurou-se manter a memória histórica do que foi este local e as suas origens, pretendendo-se simultaneamente, dotar os novos edifícios com instalações adequadas para a prática e o desenvolvimento das artes e da música”.

Foto: Gabriel Couto

Para preservar a memória da Cegonheira, explica a construtura que as ruas interiores existentes, enquanto eixos principais de circulação na escola, ou os espaços de repouso e de lazer dos operários da antiga fábrica, assumirão agora funções semelhantes para os estudantes desta instituição.

A Câmara de Famalicão aprovou apoio financeiro à ARTAVE, que suportará parte do investimento e cedido o direito de superfície do prédio urbano que detinha, por um prazo de 50 anos e que constitui uma parcela do terreno destinado à obra que albergará a zona expositiva, um pequeno auditório e a incubadora das indústrias culturais e criativas.

Para o diretor da ARTAVE, “este é um momento de viragem para alcançar um novo patamar”, salientou o diretor da ARTAVE. “A nova escola terá condições para uma intervenção maior da ARTAVE na cultura em Famalicão, posicionando-se também como um centro de eventos de nível mundial, quer no domínio cultural quer no domínio educativo”, disse José Alexandre Reis.

Antiga Cegonheira. Foto: DR

Já para Daniel Costa, diretor comercial da Gabriel Couto, “este é mais um grande desafio a ser executado num prazo muito exigente, e a adjudicação da construção deste futuro complexo escolar à nossa empresa, é um grande motivo de orgulho, tratando-se de um projeto emblemático e simbólico, não só para a instituição ARTAVE, mas também para o próprio concelho e região”.

Anúncio da obra, em 2021. Foto: DR

E, a concluir, prossegue: “É também um sinal inequívoco da Confiança que a ARTAVE teve na GABRIEL COUTO, tendo em conta a sua elevada experiência e vastíssimo portfólio de obras na área da educação, com a construção de vários estabelecimentos de ensino, públicos e privados, ao longo da sua história”.

 
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