Falta alojamento e há bolsas em atraso

Estudantes realizaram concentração em frente à UMinho
Foto: Lucas de Freitas /O MINHO

Cerca de 40 estudantes reuniram-se ao final da tarde da última quarta-feira com faixas e cartazes em frente ao campus de Gualtar da Universidade do Minho (UMinho), numa concentração com o objetivo de alertar para aquilo que os estudantes consideram como o desalento dos Serviços de Ação Social da UMinho.

Luiz Estevez, 19 anos, afirma que “a grande reivindicação aqui é o reforço dos serviços de ação social (SASUM). Os estudantes estão sem alojamento e os alojamentos que existem estão precários. Não temos respostas a respeito dos nossos pedidos de bolsas e há alunos que só recebem os valores depois de encerrar o ano letivo”.

Os estudantes afirmam que faltam funcionários nas cantinas e que as filas às vezes ultrapassam uma hora e prejudicam a rotina de estudos. O MINHO contactou o Gabinete de Comunicação e Imagem da Universidade, mas até ao momento não obteve resposta.

Carolina Cristo, 18 anos, afirma que compareceu à concentração “para mostrar à escola e ao governo que estamos engajados e organizados com o objetivo de lutar pelos nossos direitos enquanto estudantes”.

Foto: Lucas de Freitas /O MINHO
Foto: Lucas de Freitas /O MINHO
Foto: Lucas de Freitas /O MINHO
Foto: Lucas de Freitas /O MINHO
Foto: Lucas de Freitas /O MINHO
Foto: Lucas de Freitas /O MINHO

Recorde-se que o primeiro-ministro assumiu a meta de Portugal ter 26 mil camas para estudantes até 2026, num discurso realizado em setembro em que considerou a questão do alojamento como um dos maiores obstáculos no acesso ao ensino superior.

Nesta cerimónia, foram assinados contratos relativos a projetos com financiamento já assegurado. Além de instituições de ensino superior, os contratos incluíram entidades sociais, autarquias, entre outros organismos públicos.

No total, segundo o Governo, os 119 projetos de residências de estudantes com verbas garantidas abrangem 51 municípios, dos quais 23 são relativos a edifícios que serão construídos de raiz, totalizando 9.356 novas camas.

Já a cidade de Braga vai ter, a partir de setembro de 2023, uma residência universitária privada com 294 quartos, um investimento de 13 milhões de euros da empresa Maiar, SA . A construção começou no meio deste ano num terreno na Rua da Quinta da Armada, em São Vítor, a poucas centenas de metros do polo de Gualtar da Universidade do Minho.

Há ainda dois outros projetos em Braga para mais 800 camas. O que acabará com a escassez crónica de alojamento para estudantes quer da UMinho, quer da Universidade Católica e do polo local do IPCA- Instituto Politécnico do Cávado e Ave. Ou seja, Braga ficaria com 1.100 camas.

Um dos projetos é o da antiga fábrica Confiança, que o Município cedeu à UMinho, tendo esta apresentado um projeto ao PRR (Plano de Recuperação e Resiliência), o qual passou à última fase de qualificação para financiamento. Terá 600 camas.

O outro, para 170 quartos, em Santa Tecla, é da antiga Britalar. A Câmara deu-lhe o estatuto de PIP (Projeto de Interesse Público), mas ainda não avançou.

 
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