A nova versão do Plano Diretor Municipal de Fafe (PDM), já em vigor, dota o concelho de mais 40% de área urbana e aposta no alargamento das duas zonas industriais e criação de uma terceira, de nova geração.
Na consulta do documento, destaca-se que várias das maiores freguesias viram a sua área de construção alargada de forma significativa, destacando-se Moreira de Rei, Travassós e Arões, entre outras.
Para o vereador Eugénio Marinho, procurou-se dar resposta aos anseios das populações, que muitas vezes não conseguiam terrenos para poderem construir as suas habitações “devido aos desfasamentos do PDM anterior”.
As novas zonas urbanizáveis levam em conta as redes de comunicações, ambiente e acessibilidades já existentes.
“Estão reunidas as condições para o concelho poder crescer de forma mais ordenada e acelerar o seu desenvolvimento económico”, explicou hoje.
O autarca responsável pela revisão sublinhou que o novo instrumento de planeamento, cujo processo de atualização foi precedido por dezenas de reuniões, envolvendo várias entidades locais, regionais e nacionais, aponta para uma organização e ordenamento do território mais atual, mais centrada no desenvolvimento económico e emprego.
Por isso, assinalou, a aposta no crescimento das duas áreas industriais existentes, destacando o alargamento, “praticamente para o dobro”, da Zona Industrial do Socorro, junto à cidade, para poder aportar a procura crescente dos empresários.
A zona industrial de Arões também vai crescer, mas uma das grandes novidades do novo PDM é a de prever uma zona industrial em Regadas, com cerca de 45 hectares, muito próxima da partilha com o concelho de Felgueiras.
Eugénio Marinho disse haver uma grande expetativa sobre o sucesso daquela zona industrial, recordando o interesse de vários empresários de Felgueiras em investir numa zona industrial, de nova geração, como a que está perspetivada para Regadas.
O vereador destacou que já estão a ser realizados contactos com os proprietários de terrenos para se proceder à sua avaliação e posterior aquisição, pretendendo a câmara candidatar o projeto aos fundos da União Europeia.
Na conceção da nova zona industrial vão ser envolvidas as universidades e politécnicos da região, para potenciar a capacidade de atratividade.
Por outro lado, previu, a perspetiva da criação de centenas de novos postos de trabalho permitirá ajudar a desenvolver a zona sul do concelho, uma das que, chamou à atenção, tem perdido mais residentes, tendência que urge inverter.
O novo PDM também acautela um aumento das zonas de reserva agrícola e ecológica, sobretudo na zona norte do concelho, mais montanhosa e rural.
Para essa zona, aponta-se para uma aposta no desenvolvimento rural, com projetos de agroindústria, produção florestal e turismo de natureza e religioso que gerem emprego e fixem a população.
O processo de revisão do PDM de Fafe era a principal prioridade política do atual executivo, uma vez que a matéria estava a ser debatida há cerca de 18 anos, concluiu Eugénio Marinho, para destacar a importância do que “agora foi conseguido”.