O orçamento municipal de Fafe, já aprovado pelo executivo, aponta para um valor de 43 milhões de euros e a sua preparação teve em conta a situação de pandemia de covid-19, informou hoje a autarquia.
Em comunicado, o município realça que o orçamento de 2021 foi reforçado em cerca de três milhões em euros, comparando com a dotação de 2020, e foi aprovado com oito votos a favor, correspondendo aos quatro eleitos pelo PS, que governa sem maioria absoluta, e aos quatro vereadores do movimento “Fafe Sempre”. O autarca eleito pelo PSD votou contra o documento.
“Este orçamento foi elaborado com base numa política de rigor e uma situação financeira saudável e equilibrada. É um orçamento focado no apoio às pessoas, às famílias e às empresas”, considera o presidente da Câmara, Raul Cunha, citado no comunicado enviado à agência Lusa.
Trata-se de um orçamento que, “apesar do aumento das despesas correntes motivadas pela atual situação pandémica, permite, mesmo assim, transferir da receita corrente 1,5 milhões de euros para aplicar em investimento, o que representa uma poupança significativa”, pode ler-se no comunicado.
Refere-se, também, que manter-se-ão em 2021 “as políticas de descentralização, colocando os recursos financeiros à disposição das Juntas de Freguesia, no montante de dois milhões de euros, para que possam concretizar os projetos que nas suas freguesias mais falta façam”.
As funções sociais contarão no próximo ano com 16,2 milhões, “destacando o investimento contínuo em ações sociais, habitação e serviços coletivos, educação e serviços culturais e recreativos”.
A autarquia evidencia, por outro lado, o investimento de 15,6 milhões de euros na execução de “um conjunto de obras de grande relevância para os fafenses, como a conclusão da obra de recuperação do Bairro da Cumieira, a reabilitação do espaço público da zona envolvente, a construção da nova piscina municipal, as obras para a erradicação das coberturas com amianto nas escolas, a construção do pavilhão da escola Prof. Carlos Teixeira e a requalificação e manutenção em vários edifícios escolares do concelho”.
Prevê-se, também, o investimento na rede viária, salientando-se a regeneração urbana no Bairro do Retiro e o início das obras de reparação da zona de Santo Ovídio e S. Brás.
Na declaração de voto dos quatro vereadores do movimento “Fafe Sempre”, pode ler-se: “Hoje somos chamados a tomar uma posição sobre o Plano e Orçamento para o próximo ano e, conscientes da situação de pandemia que o país e o concelho atravessam, reforçámos a predisposição colaborativa que sempre evidenciamos e disponibilizamo-nos para, junto do executivo, procurar encontrar as melhores soluções para a elaboração da proposta de orçamento”.
Os vereadores do movimento acrescentam que, “genericamente”, estão de “acordo com as ações e objetivos aí apresentados no que concerne às políticas de apoio às famílias e empresas, neste ano verdadeiramente excecional”.
Contudo, “esta opção não significa que estejam ultrapassadas as preocupações que fomos manifestando ao longo deste mandato relativamente ao aumento das despesas correntes e mais concretamente ao aumento com as despesas de pessoal”, acrescentam.
A Lusa não conseguiu ouvir a posição do vereador do PSD.