O Prémio Literário Manuel de Boaventura 2023 foi hoje atribuído ex-aequo ao escritor português Rui Couceiro, pela obra “Baiôa sem data para morrer”, e à escritora Giovana Madalosso, do Brasil, pela obra “Tudo pode ser roubado”.
Rui Couceiro e Giovana Madalosso integram, assim, a lista dos vencedores do prémio, instituído pela Câmara de Esposende, com o intuito de homenagear e divulgar este escritor e homem de cultura (1885-1973), natural de Vila Chã, Esposende, juntando-se a Ana Margarida de Carvalho (2017) Filipa Martins (2019) e Mia Couto (2021).
Citado em comunicado, o presidente da Câmara, Benjamim Pereira, sustentou que a instituição do prémio literário Manuel de Boaventura, em 2016, visa “homenagear o grande homem de cultura, depois de outras homenagens, como a atribuição do seu nome à Biblioteca Municipal”.
“Homenageamos, hoje, Manuel de Boaventura, com a atribuição de um Prémio Literário com o seu nome aos escritores Giovana Madalosso, pelo seu livro “Tudo pode ser roubado” e Rui Couceiro pela obra “Baiôa sem Data Para Morrer”. O facto de, pela primeira vez, o júri ter decido atribuir o prémio ex-aequo a dois autores separados pelo imenso mar Atlântico prova não a aproximação que a língua e a cultura pode fazer entre os povos, especialmente em tempos tão conturbados como os que vivemos atualmente, mas, também, a internacionalização do Prémio. Aos dois autores, as minhas mais sinceras felicitações”, sublinhou Benjamim Pereira.
O autarca recordou os três eixos, sobre os quais se desenvolve o projeto de divulgação da obra de Manuel de Boaventura, em concreto a reedição da sua obra (encontra-se em preparação o 7º e 8º volumes da coleção respetivamente Zé do Telhado no Minho e Histórias contadas à Lareira), a criação do Prémio Literário com o seu nome e a compra da Casa do Escritor com vista à sua recuperação e adaptação a Casa Museu. “Cumprimos todos os objetivos”, vincou Benjamim Pereira.
Em representação da família, Armando Boaventura agradeceu “o empenho do Município na divulgação da obra de Manuel de Boaventura”.
Na qualidade de presidente do júri, o professor universitário Sérgio Guimarães de Sousa lembrou que está quarta edição do prémio contou com 220 obras a concurso e que a decisão em premiar dois escritores ficou a dever-se ao facto de serem “duas obras magníficas”.
Integram também o júri Anabela Dinis Branco de Oliveira (Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro), na qualidade de vogal, e Maria Luísa Leite da Silva, vogal e representante do Município de Esposende.