O presidente da CERCIGUI, Rui Leite, apresentou a sua demissão, a 21 de setembro, juntaram-se a ele outros dois elementos do Conselho Administração (CA). Estas renúncias e as de outros membros dos do Concelho Fiscal e da Mesa da Assembleia, levaram a que o presidente da Mesa da Assembleia Geral (AG) convocasse eleições para todos os órgãos. A legalidade deste procedimento é agora questionada, uma vez que há elementos do Conselho de Administração anterior que nunca se demitiram e estão, portanto, em funções.
Na sequência da demissão do presidente do CA, demitiram-se também os vogais, Ricardo Jesus e Sónia Lopes. Continuaram em funções, naquele órgão, Paula Gonçalves e Paula Fernandes. O membro suplente do CA, Francisco da Silva, mostrou-se indisponível para ocupar o lugar e também renunciou, de acordo com o despacho da Mesa da Assembleia Geral, a que O MINHO teve acesso. Com apenas dois elementos em funções, o CA ficou sem quórum deliberativo.
Ricardo Almeida, presidente do Conselho Fiscal e Maria da Conceição Ferreira, vogal do mesmo órgão, também se demitiram. O mesmo aconteceu com os membros da AG, Márcio da Silva, vice-presidente e Jorge Silva, secretário. Na Mesa da AG, só ficou em funções o presidente, Sérgio Castro Rocha.
A 18 de dezembro, a Mesa da AG emitiu um despacho a convocar uma AG, para o dia 8 de novembro, tendo como ponto único a eleição dos órgãos socais da CERCIGUI. Este documento é assinado por Sérgio Castro Rocha, como presidente em exercício e por Márcio da Silva e Jorge Silva, na qualidade de membros demissionários.
Ao ato eleitoral concorreu apenas uma lista, encabeçada por Bruno Faria, para presidente do CA e Raul Rocha, para presidente da Mesa da AG. Depois das eleições, quando a direção eleita tentou registar os órgãos sociais na conservatória o ato foi recusado. Segundo a conservadora, há dois membros do CA ainda em funções: Paula Gonçalves e Paula Fernandes. A Mesa da AG não terá cumprido o que o Código das Sociedades Comerciais determina para estas situações, que seria a convocação de eleições para preencher apenas os lugares vagos na administração.
Esta situação coloca a instituição numa situação ingovernável, com o anterior presidente já desvinculado do CERCIGUI e, atualmente, a trabalhar na formação do Vitória Sport Clube e o presidente eleito sem acesso às contas bancárias para poder fazer pagamentos.