Declarações dos treinadores do Gil Vicente e Desportivo de Chaves, Vítor Campelos e Moreno, no final da partida da 25.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol, que terminou com um empate sem golos.
– Vítor Campelos (treinador do Gil Vicente): “Faltou-nos eficácia, criámos oportunidades flagrantes e tivemos um caudal que justificava outro desfecho. O Chaves não rematou uma única vez à nossa baliza. O melhor jogador em campo foi o guarda-redes do adversário e isso diz muito do que foi o jogo.
Tivemos mais situações de golo na primeira parte, e na segunda devíamos ter sido mais incisivos. O Chaves a defender coloca muita gente na área o que nos dificultou a tarefa, mas tudo fizemos para que o resultado fosse outro. Acho que merecíamos a vitória.
Nessa segunda parte faltou-nos velocidade na circulação de bola. Tínhamos de ser mais incisivos, mais rápidos a circular a bola. Mesmo assim tivemos uma ou outra oportunidade que podíamos ter finalizado de outra forma.
[sobre a posição na classificação] Enquanto não chegarmos aos 35 pontos, que é a meta que acho que necessária para manter o Gil Vicente na I Liga, não podemos estar descansados.
Ainda há muitos pontos para conquistar, o campeonato é equilibrado e qualquer equipa pode ganhar em qualquer lado. É o quarto jogo estamos somar pontos. Hoje queríamos chegar aos 30 pontos, mas infelizmente não aconteceu. Temos de continuar a trabalhar”.
– Moreno (treinador do Desportivo de Chaves): “Temos de fazer mais para conseguir o nosso objetivo [da manutenção]. Com esta média de pontos provavelmente não vai chegar.
Vínhamos de um resultado desconfortável e isso criou desconfiança na equipa, embora tenhamos dado uma boa resposta nos momentos sem bola.
O Gil Vicente criou mais oportunidades e nós temos de melhorar quando temos a bola, sobretudo na tomada de decisão. Isso não tem que ver com qualidades dos jogadores.
Há alguma desconfiança com a situação [pontual] em que nos encontrámos e tal cria ansiedade nos atletas.
Neste jogo, se tivéssemos melhores tomadas de decisão, sairíamos daqui com os três pontos. O Gil Vicente, apesar de ter sido mais equipa do que nós, estava a abrir espaços e faltou-nos critério no último passe.
Na parte final podia ter arriscado mais, mas se mudasse a estrutura podia ser pior. Em vez de ter posse, podíamos ter pressionado mais, devíamos ter mais rasgo. A responsabilidade é minha.
Ganhámos um ponto, é melhor do que zero, mas neste momento precisávamos mais”.