Um morador da freguesia de Oleiros, em Guimarães, encontrou em casa, recentemente, uma cobra-de-escada (Rhinechis scalaris ou Elaphe scalaris).
“Libertei-a imediatamente, visto ser um animal inofensivo para nós e ajuda na biodiversidade”, conta a O MINHO.
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Os encontros com esta espécie são mais frequentes entre abril e outubro, estando distribuída largamente em Portugal e Espanha. De acordo com o Atlas dos Anfíbios e Répteis de Portugal, citado pela revista Wilder, esta é a segunda serpente com maior área de distribuição em Portugal, apenas ultrapassada pela cobra-rateira.
O Museu Virtual da Biodiversidade indica ainda que esta serpente de médio/grande porte, que pode atingir ou mesmo ultrapassar os 160 centímetros de comprimento total, contudo é inofensiva para humanos, pelo que a sua mordidela não representa perigo.
Alimenta-se de micromamíferos, répteis, juvenis de coelho-bravo e lebre, assim como várias aves.
“Ocorre preferencialmente em habitats mediterrânicos com alguma vegetação, tais como carvalhais, pinhais, matagais, montados, áreas agrícolas ou habitats ribeirinhos, em zonas secas e com boa exposição solar. Também é possível encontrá-la em muros de pedra, ruínas ou construções abandonadas”, nota o guia da Universidade de Évora.
A seu estado de conservação em Portugal é “pouco preocupante”, apesar de enfrentarem várias ameaças, como atropelamentos em estradas, perseguição humana ou destruição do habitat, através da perda de cobertura vegetal ou agricultura intensiva.
Com Pedro Gonçalo Costa