A Tintex Textiles, de Vila Nova de Cerveira, vai acabar o ano de 2022 com uma faturação superior aos 11 milhões de euros, valor que resulta do aumento das exportações – que passaram a pesar 30% no volume de negócios, bem acima dos 20% que foram registados no ano anterior.
O CEO do grupo, Ricardo Silva, citado pelo Jornal T, órgão da Associação Portuguesa da Indústria têxtil e do Vestuário, salienta que, apesar desse crescimento, o ano de 2023 afigura-se cheio de incertezas, o que implica cuidados acrescidos.
“Paralelamente a este aumento, os custos também dispararam”, como tem sucedido em toda a fileira “devido ao aumento das energias”, salienta Ricardo Silva.
As exportações foram, assim, “uma forma de gerir o aumento dos custos com o recurso a mercados onde as mais-valias são mais facilmente obtidas”.
O gestor salienta que o mercado externo “comportou-se muito bem, principalmente os da Alemanha e dos Estados Unidos”. Em sua opinião, há que ter em atenção o exemplo dos Estados Unidos: “Os norte-americanos olham para o Portugal como um mercado de produção de proximidade”, o que pode revelar-se uma vantagem acrescida para a indústria nacional. O exemplo da Tintex é, a este nível, evidente”.
Muita incerteza
Apesar disso, o administrador do grupo confessa alguns temores face a 2023: “Apesar de alguma estabilização dos preços da energia, continua a haver muita incerteza face à guerra na Ucrânia e à inflação”, sublinha.
De qualquer modo, a Tintex tem a fórmula para rodear todas as incertezas e que passa por “diversificar a oferta” e encontrar novos mercados. A prova de que esta estratégia está a ter o sucesso esperado reside no facto de a empresa ter visto um dos seus tecidos receber o prémio ISPO Textrends Fall/Winter 2024/25, na categoria Outer Layer Selection.
O produto é um ‘active double face’, com uma composição 94% Amni Soul Eco poliamida, uma escolha que torna a degradação no fim da vida do tecido mais rápida comparativamente a uma poliamida normal, e 06% Elastano.