Uma empresa de transformação de madeira instalada em Viana do Castelo está a investir um milhão de euros na ampliação da sua unidade e criará mais seis postos de trabalho, informou hoje a Câmara local.
Em comunicado enviado às redações, a autarquia da capital do Alto Minho adiantou que o contrato de investimento daquela ampliação foi hoje celebrado entre o presidente da Câmara, Luís Nobre, e o diretor executivo da Portilame – Engenharia e Madeira, Luís Rocha.
A empresa emprega atualmente 36 trabalhadores e após a conclusão da intervenção em curso passará a ter 42 postos de trabalho.
A unidade industrial, que opera na área da construção de estruturas de madeira e compra e venda de derivados de madeira, importação e exportação de madeira, está a ampliar o pavilhão que detém na segunda fase da zona industrial do Neiva, um investimento apoiado pelo regime de incentivos ao investimento económico da Câmara de Viana do Castelo.
De acordo com o contrato hoje assinado, “a Câmara Municipal de Viana do Castelo concede à Portilame a isenção total do pagamento das taxas devidas pelo licenciamento da operação urbanística, bem como as demais taxas que sejam devidas por alterações/aditamentos ao projeto”.
A Câmara Municipal “apoia e acompanha o projeto de investimento, nomeadamente através da agilização do processo de licenciamento”.
O “contrato de investimento deverá ser concretizado no prazo máximo de um ano, contado da data de emissão do alvará de construção, mantendo a empresa as instalações em funcionamento por um período nunca inferior a 10 anos, contado da data de início da laboração”.
De acordo com administrador da empresa, Luís Rocha, citado na nota, em causa está o projeto “Portilame i4.0 Modular Timber Construction”, que “implica a aquisição dos equipamentos produtivos e tecnologias de suporte necessárias para o fabrico de módulos pré-definidos por encaixes para construções modulares em madeira, fornecidas em ‘kit’ e aptas a serem instaladas pelo cliente ou terceiros”.
Com este projeto, a empresa “evolui para um modelo de fabrico para resposta ágil e flexível às dinâmicas da procura (Quick Response), reduzindo os ‘lead-times’ de fabrico e montagem face ao modelo atual, com elevada consistência de serviço e de qualidade de fabrico”.
O “novo modelo de negócio, com integração a jusante na cadeia de valor, será orientado para o rápido desenvolvimento colaborativo com os clientes na personalização dos produtos e no desenvolvimento de novos produtos, tendo por base as novas capacidades de modelação e fabrico proporcionado pelas ferramentas CadWork e máquina CNC K2i, suportando a interatividade com clientes através da internet (plataforma ‘e-commerce’)”.
A empresa vai ainda investir “numa máquina com 36 metros de comprimento por oito metros de largura e respetivos equipamentos de suporte que permitem o fabrico de módulos pré-definidos por encaixes para construções modulares em madeira com um maior nível de definição, precisão e encaixe para uma montagem mais fácil e intuitiva, tipo lego”.
Entre outros investimentos, “esta nova infraestrutura produtiva é ativada com a engenharia de processos em conjunção com as ferramentas de simulação das construções modulares em madeira (CadWork) e a aplicação para o desenvolvimento de produto colaborativo com os clientes (plataforma e-commerce), configurando um sistema ‘Smart Factory’”.