A empresa de Famalicão Raclac ofereceu um milhão de luvas à Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade (CNIS), que agora as vai distribuir pelas suas associadas, foi hoje anunciado.
Em comunicado, a CNIS refere que as luvas serão entregues às uniões distritais pela empresa de transportes Torrestir, com sede em Braga, que assegurará o serviço de igualmente de forma gratuita.
Segundo o comunicado, a Raclac arranjou, em dois dias, uma solução com tecido técnico para resolver a proteção em Portugal contra o novo coronavírus, “algo que se faz há anos apenas na China”.
“A sua solução está já a chegar a todos os hospitais nacionais”, acrescenta.
Diz ainda que a empresa está a trabalhar 18 horas por dia, “contribuindo para que mais de 30 confeções não fossem à falência nem entrassem em “lay-off”.
Fornecedora de descartáveis para a saúde a nível nacional, tem em curso um investimento de 23 milhões de euros numa fábrica em Famalicão, que arranca com a produção este mês, com a intenção de, nesta fase de crise, o fazer apenas para o mercado interno.
Vai fabricar mais de três milhões de luvas por dia, tendo também já contratada a produção de outros equipamentos de proteção individual (EPI) para os profissionais de saúde, como fatos com capuz e balaclavas.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou perto de 866 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 43 mil.
Dos casos de infeção, pelo menos 172.500 são considerados curados.
Em Portugal, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde, registaram-se 187 mortes, mais 27 do que na véspera (+16,9%), e 8.251 casos de infeções confirmadas, o que representa um aumento de 808 em relação a terça-feira (+10,9%).
Dos infetados, 726 estão internados, 230 dos quais em unidades de cuidados intensivos, e há 43 doentes que já recuperaram.
Portugal, onde os primeiros casos confirmados foram registados no dia 02 de março, encontra-se em estado de emergência desde as 00:00 de 19 de março e até às 23:59 de quinta-feira.