Uma ‘start-up’ de Braga criou um dispositivo portátil que permite saber o tipo de sangue em três minutos e é “muito mais barato” que os equipamentos convencionais, foi hoje anunciado.
Em comunicado, a CRIAM, que tem seis anos de atividade, explica que este aparelho, “além de poder contribuir para facilmente se chegar a um resultado de compatibilidade em situações de emergência, permite a redução da dependência face ao tipo de sangue O-“.
E acrescenta: “O dispositivo pode ser usado em qualquer lugar e em vários cenários, como dentro de um veículo de emergência em movimento ou em locais de difícil acesso sem internet ou energia”.
O projeto conquistou ontem o prémio Born from Knowledge (BfK) Awards, atribuído pela Agência Nacional de Inovação (ANI), no âmbito do processo de seleção nacional dos projetos para o World Summit Awards (WSA), liderado pela APDC.
“O CRIAM é uma solução absolutamente inovadora e sem concorrência no mercado. É portátil, pode ser usado em situações de emergência e permite obter um resultado com 99,77% de fiabilidade em apenas três minutos. Face ao desenvolvimento atual da medicina e à necessidade de agilizarmos cada vez mais os processos de saúde, recorrendo a menos recursos, prevejo que o projeto vá ter muita aceitação no mercado, que é o nosso principal objetivo”, afirma João Mendes Borga, administrador da ANI, citado no comunicado.
O responsável acrescenta, ainda, que o facto de a CRIAM resultar de uma ‘spin-off ‘ da Universidade do Minho “é mais um exemplo de que a transferência de conhecimento para a economia está a acontecer e que contribuirá para que Portugal tenha uma oferta competitiva cada vez mais diferenciada em mercados globais”.