A empreitada de emparcelamento agrícola de Moreira e Barroças e Taias, em Monção, num investimento de cerca de 4,2 milhões de euros e iniciada esta semana, estará concluída no primeiro trimestre de 2022, informou hoje a câmara.
Em comunicado, a câmara do distrito de Viana do Castelo adiantou que, “numa primeira fase, a intervenção incide na limpeza das parcelas, regularização de terrenos e construção e alargamento de caminhos”.
Posteriormente, adiantou o município liderado pelo social-democrata António Barbosa, será realizada a plantação de vinha e outras culturas.
“Não havendo contratempos, este investimento deverá estar concluído no primeiro trimestre de 2022”, sustenta a nota hoje enviada à imprensa.
O projeto de “ordenamento fundiário agora iniciado, repartido pelas duas freguesias do Vale do Gadanha, contempla 529 hectares de extensão, dos quais 127 de reconversão de vinha da casta Alvarinho, pertencentes a 616 proprietários, num total de 892 lotes”.
Em maio, a Câmara de Monção assinou com a empresa que venceu o concurso público o contrato para a realização da intervenção.
Na altura, estimou o arranque dos trabalhos para o mês de julho, estando apenas dependente do visto do Tribunal de Contas
O concurso público, ao qual concorreram 10 empresas, foi aprovado em reunião do executivo, em fevereiro. Em abril, a empreitada, reclamada há várias décadas pelos agricultores locais, foi entregue à empresa Restradas – Revitalização de Estradas do Norte, pelo montante de 4.196.954,84 euros, com IVA incluído.
Na altura, o município explicou, que “o emparcelamento agrícola nas duas freguesias do Vale do Gadanha, com lotes destinados maioritariamente à produção de vinho Alvarinho, resultará num acréscimo produtivo daquela casta nobre e singular, potenciando novos investimentos no setor e chamando novas gerações para a viticultura”.
Em causa está um projeto para a reestruturação e modernização, nomeadamente da produção de vinho Alvarinho, atividade que envolve 2.000 produtores, com 67 empresas e 112 marcas diferentes.
Em novembro de 2016, o Conselho de Ministros aprovou o projeto de emparcelamento das freguesias de Moreira, Barroças e Taias, em Monção, com uma área total de 529 hectares.
O documento apontava então como “principais objetivos” a concretizar com o projeto de emparcelamento a “introdução de fatores de racionalização, valorização e competitividade agrícola, tendo como objetivo a promoção do ordenamento do espaço rural, com o intuito de potencializar os recursos, com vista à valorização da agricultura no espaço rural”.