E-Redes testa mercado local de flexibilidade em Paredes de Coura

Foto: Paulo Jorge Magalhães / O MINHO / Arquivo

A E-Redes anunciou hoje o lançamento do primeiro leilão de mercado local de flexibilidade em Portugal, que pretende integrar mais energias renováveis na rede, comprando potências superiores a 10 quilowatts (kW). Paredes de Coura é umas zonas abrangidas no projeto-piloto.

“Nos próximos dois meses, todos os utilizadores da rede elétrica, ligados nas zonas abrangidas pelo piloto, podem participar neste leilão, desde que entreguem individualmente uma potência superior a 10kW, ou em alternativa, através de uma entidade que agregue vários utilizadores de rede e que consiga entregar em conjunto, no mínimo, 10kW, através da união de um portfólio de ativos”, referiu a E-Redes num comunicado hoje divulgado.

Os leilões decorrem na plataforma Piclo, sendo que os interessados devem registar-se através de um questionário, para que a distribuidora entenda o perfil dos utilizadores.

No total são oito as zonas abrangidas no projeto-piloto: Beja, Bombardeira, Bragança, Marinha Grande, Milfontes, Paredes de Coura, São Martinho do Campo e Tondela.

Os prestadores de serviços de flexibilidade (PSF) terão disponíveis uma componente fixa – que representa a disponibilidade para prestar o serviço e é paga independentemente da prestação do serviço – e uma componente variável – paga caso seja necessário ativar o serviço de flexibilidade, podendo optar por oferecer uma das duas ou uma combinação de ambas.

“Posteriormente, a E-Redes seleciona as melhores ofertas consoante a necessidade, de acordo com o regulamento já publicado”, acrescenta a distribuidora.

Após o fim do leilão, a E-Redes prevê o estabelecimento de contratos com potenciais fornecedores de serviço, “que entrarão em vigor em janeiro de 2024 e terão uma duração de dois anos, período no qual será testada a operação da rede com recurso à flexibilidade”.

Em comunicado, a distribuidora do grupo EDP refere que este projeto-piloto “afere a disponibilidade dos utilizadores da rede elétrica de ajustar o seu consumo e ou produção para dar resposta às necessidades de operação de rede mediante um pagamento por parte da E-Redes.

“Com o início do mercado de flexibilidade, o operador de rede de distribuição, consegue utilizar a flexibilidade local enquanto solução para gerir restrições na rede e contribuir para a utilização de tecnologias de baixo carbono”, assinala a E-Redes.

 
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