Os três suspeitos de participarem num plano que culminou com a destruição, pelas chamas, de uma oficina em Arcos de Valdevez, que resultou na morte de um jovem de 25 anos, foram libertados pelo Tribunal de Braga, sujeitos a apresentações quinzenais no posto da GNR da área de residência.
Ao que apurou O MINHO, por existir perigo de fuga enquanto decorre o processo de acusação, existe possibilidade de fuga por parte dos arguidos, sendo por isso decretado pelo juiz esta medida de coação, para além da de Termo de Identididade e Residência, medida obrigatória para quem é constituído arguido.
De acordo com a PJ, o proprietário da oficina, de 41 anos, em conjunto com a companheira e a namorada da vítima mortal, de 24 e 27 anos, são suspeitos de terem praticado crime de incêndio, homicídio qualificado na forma tentada e burla relativa a seguros, também na forma tentada.
O incêndio ocorreu no passado dia 04 de janeiro, na oficina Moto Racing, em Parada, Arcos de Valdevez.
Ao que apurou O MINHO junto de várias fontes, o jovem que perdeu a vida, Gael Cunha, inicialmente apontando pela imprensa como estando a “cometer um assalto”, tinha cartão verde para entrar na oficina, fruto da confiança que conquistou com o proprietário ao longo dos últimos anos, por trabalhar num posto de combustível ao lado da oficina em questão.
Sabemos ainda que o jovem se deslocava com regularidade às instalações da oficina, passando horas com o proprietário de volta das motas que este tinha, estreitando ainda mais a relação de confiança entre os dois.
Durante a madrugada, Gael e a namorada invadiram a oficina para atear um incêndio, em estreita colaboração com o proprietário, que, na altura, estaria no estrangeiro (informações recolhidas por O MINHO dão conta de que estaria no Brasil).
Segundo o Correio da Manhã, Gael terá acordado receber mil euros para executar o alegado plano.
A PJ não colheu a teoria inicial, de que se tratava de um assalto que correu mal, e aponta para uma fraude combinada, fraude essa que acabou por tirar a vida ao jovem de 25 anos, deixando a comunidade arcuense em choque com a tragédia e com as acusações que se seguiram.
Os detidos vão ser presente às autoridades judiciárias competentes, para primeiro interrogatório e aplicação de medidas de coação.