A deputada não inscrita Cristina Rodrigues questionou o Governo e Câmara de Braga sobre o estado de degradação do Estádio 1.º de Maio, com destaque para os painéis de bronze com altos relevos da autoria do escultor Salvador Carvão da Silva d`Eça Barata Feyo. “Estes são alvo de inscrições e deposição de lixo em buracos que entretanto se abriram na estrutura”, refere a deputada (ex-PAN) na questão colocada ao Ministério da Cultura.
A deputada refere que o ativista bracarense Carlos Dobreira enviou e-mail no dia 07 de Fevereiro a diversas entidades do Governo, nomeadamente à Ministra da Cultura, denunciando o estado de degradação do estádio, inaugurado em 1950 e classificado como Monumento de Interesse Público em 2012.
No documento, Cristina Rodrigues assinala que o vereador responsável pelo pelouro da Gestão e Conservação do Espaço Público da autarquia, João Rodrigues, reconhece que o estado da infra-estrutura não é o melhor mas garante existir “uma conservação feita ao longo de vários anos” para que “o estádio tenha as condições exigidas para o que é utilizado” e adianta ainda que se trata “de uma questão de vandalismo e de manutenção” que será corrigida.
Acrescentou que “a Universidade do Minho está a fazer um levantamento para a reforma do edifício”.
O presidente da Câmara de Braga, Ricardo Rio, também citado no requerimento, refere que inicialmente as obras tinham um custo previsto de cinco milhões, mas com o referido estudo para o projecto de requalificação, cujos resultados serão conhecidos “ao longo dos próximos meses”, os trabalhos poderão ascender “até sete ou oito milhões de euros”, o que “dificulta ainda mais” a intervenção.
Posto isto, a deputada questiona se o Ministério tem conhecimento da situação e se, uma vez que foi informado sobre o caso, fez alguma digiligência. Pergunta também se existe alguma articulação com a autarquia de forma a encontrar “medidas úteis e urgentes a implementar no sentido de que a degradação não avance mais ainda”.
A deputada pergunta ainda se este tipo de monumento será contemplado na Lotaria do Património Cultural e quais as prioridades do governo para esta iniciativa.
À Câmara de Braga, Cristina Rodrigues pergunta que trabalhos de conservação a autarquia tem feito; se são feitas diligências para impedir que a degradação avance; se a calendarização do estudo a ser respeitada; como a autarquia pretende fazer face ao aumento de custo previsto; e que utilização a autarquia pretende dar ao estádio no futuro.