A enóloga Patrícia Peixoto, natural de Braga, vai assumir o departamento de Enologia e Produção na sociedade Quintas de Melgaço, depois de 17 anos a trabalhar no departamento de Enologia da Casa de Santa Vitória, em Beja, os últimos doze como responsável integral pelo departamento.
Segundo a Revista de Vinhos, que avança a informação da ‘transferência’, o regresso à cidade natal era um desejo “de anos”, e passará a trabalhar nas vinhas do Alto Minho com apoio do consultor Jorge Sousa Pinto, substituindo na Quintas de Melgaço o enólogo Élio Barreiros.
Em 2021, Patrícia Peixoto foi selecionada pelo jornal brasileiro O Globo como uma das enólogas portuguesas que controla a produção de uma grande casa de vinhos, explorando “as avançadas tecnologias de vinificação de Santa Vitória para fazer vinhos que pretendem conciliar o moderno com a tradição”.
É citada como um exemplo de que, naquele setor, o poder não está reservado apenas aos homens.
Em entrevista à publicação Grandes Escolhas, Patrícia Peixoto recorda que se iniciou na empresa de Beja em 2006 para a vindima, assistindo o na altura responsável pelo departamento de enologia. Desde essa altura assumiu responsabilidades no controlo de qualidade, análises e dava apoio na produção.
Cerca de seis anos após a estreia, o anterior responsável passou para regime de consultor e assumiu a direção técnica. Nos últimos anos passou a chefiar sozinha o departamento.
Patrícia Peixoto nasceu em 27 de junho de 1978, em Braga e licenciou-se em Enologia pela Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro em 2003.
A adega Quintas de Melgaço, foi fundada em 1994, por “um filho da terra, Amadeu Abílio Lopes, depois de uma vida inteira emigrado no Brasil”. Em 1996, o fundador “doou 68% do capital da adega à Câmara de Melgaço, que, com a entrada de novos acionistas, passou a deter 62%”.
Atualmente, a adega Quintas de Melgaço, é “constituída por 530 famílias pequenos produtores, famílias que há anos se dedicam à produção de Alvarinho. Por ano, a adega produz dois milhões de garrafas de Vinho Alvarinho, por ano. No total, comercializa 12 rótulos, sendo nove vinhos e três espumantes.