A região do Minho ainda se encontra sob aviso amarelo devido às previsões de chuva, trovoada, granizo e vento forte, “em especial no interior”, mas o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) já perspetiva uma mudança do tempo a partir de quinta-feira, podendo vir a registar-se uma onda de calor. As temperaturas vão subir gradualmente a partir de quinta-feira e até ao fim de semana na ordem dos 10 graus Celsius, disse à Lusa a meteorologista Ângela Lourenço.
“Depois deste início da semana mais ameno e até com ocorrência de precipitação e trovoada em muitos locais do norte e centro, vamos ter uma mudança das condições meteorológicas”, adiantou a meteorologista do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).
Hoje, 13 distritos – entre os quais Braga e Viana do Castelo – estão com aviso amarelo devido à chuva e trovoadas.
Massa de ar quente
De acordo com Ângela Lourenço, Portugal continental o tempo vai ser influenciado por um anticiclone que deverá posicionar-se a norte da Península Ibérica e de um vale depressionário que vem do Norte de África.
“Esses dois centros de ação vão trazer uma massa de ar mais quente que vai afetar o continente gradualmente a partir de quinta-feira. Já para o final da semana vamos ter valores de temperatura elevados tipicamente de verão e deverão manter-se até ao inicio da próxima semana”, indicou.
Em Braga, entre amanhã e sábado, as máximas vão subir 10ºC – de 26ºC para 36ºC.

Já em Viana do Castelo, a máxima prevista para hoje e amanhã é de 22ºC, subindo paulatinamente até aos 27ºC no sábado e 28ºC no domingo.

O calor será ainda mais intenso a sul. Segundo a meteorologista, com a informação disponível hoje as regiões do Alentejo deverão voltar a registar temperaturas máximas entre 35 e 40 graus e até superiores em algumas zonas.
“Esta situação meteorológica caracteriza-se por ser acompanhada de noites mais quentes. Vamos voltar a ter sobretudo na região sul, principalmente no Algarve, as famosas noites tropicais”, referiu.
Risco de incêndio aumenta
Ângela Lourenço destacou também que estas condições meteorológicas com tempo mais quente e seco e acompanhado pontualmente de vento mais forte vão agravar o perigo de incêndio rural.
“Vamos ter dias e noites muito quentes a abranger quase todo o território no sábado e no domingo, havendo a possibilidade de o início da semana continuar quente. Do ponto de vista formal possivelmente vai haver aqui um episódio que pode configurar uma onda de calor”, disse.
A definição técnica de “onda de calor” é quando, em seis dias consecutivos, são registados valores de temperatura pelo menos cinco graus acima da média para a altura do ano.