A demolição de antigos armazéns de aprestos, construídos nos anos 80 junto à lota de Viana do Castelo, fica hoje concluída, para dar lugar à construção de novas estruturas num investimento de 2,2 milhões de euros.
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O assessor da direção da cooperativa de pescadores VianaPesca, Francisco Portela Rosa, adiantou que os trabalhos de demolição daqueles armazéns “sofreu um pequeno atraso face à exigência da legislação para remoção do fibrocimento”, mas explicou que “a operação fica concluída durante o dia de hoje”.
O responsável afirmou que com a demolição daqueles armazéns, “velhos, muito degradados, sem condições para trabalhar, a desfazerem-se aos bocados, e ainda com telhados em fibrocimento”, ficam reunidas as condições para iniciar a construção dos novos armazéns, orçados em 2,2 milhões de euros e reclamados há mais de uma década pela comunidade piscatória local.
Trata-se de investimento que resultou de uma candidatura apresentada, em 2013, pela VianaPesca ao Programa Operacional da Pesca (PROMAR), e aprovada no passado dia 29 de abril.
A intervenção vai ser comparticipada por fundos comunitários e nacionais em cerca de 1,7 milhões de euros, cabendo à cooperativa de pescadores assegurar o montante restante.
Com um prazo de execução de mais de oito meses, a empreitada prevê a construção de 20 novas estruturas, “com todas as condições”, em terrenos situados junto ao novo porto de pesca da cidade, gerido pela Docapesca, bem como os acessos rodoviários, e as infraestruturas de apoio.
Em junho passado, aquando do lançamento da primeira pedra da obra, Francisco Portela Rosa frisou que os pescadores locais “vão finalmente passar a ter condições para trabalhar, sobretudo no inverno, um período muito difícil para a preparação das artes”.
Com cerca de meia centena de embarcações, a comunidade piscatória “há muito” que reclamava a construção dos novos armazéns, uma “responsabilidade” que, para a VianaPesca, cooperativa com mais de 560 empresas de pesca associadas, “deveria pertencer à autoridade portuária local”.
“Esta iniciativa deveria ter pertencido à autoridade portuária e não à cooperativa que vai ter aqui um custo avultado que deveria ser suportado pelo porto”, sustentou na altura.
O projeto dos novos armazéns vai permitir a reabilitação da zona junto às instalações da Docapesca, dando cumprimento ao estabelecido no Plano de Pormenor da Frente Ribeirinha.