“Dá-me o dinheiro senão mato-te”. Oito anos de prisão por assaltos na rua em Braga e Vila Verde

Ainda será julgado por furtar auto-rádio e ameaçar a dona de morte
Foto: Ilustrativa / DR

O Tribunal de Braga condenou, esta terça-feira, a oito anos e seis meses de prisão, por sete crimes de roubo e um de ofensa à integridade física simples, um homem que, em 2023, roubou sete pessoas na ruas de Braga e de Vila Verde com apoio de uma faca ou de um x-ato.

Vítor V., com 40 anos, natural de Azões, Vila Verde, mas a residir em Braga, ficou, ainda, obrigado a pagar 500 euros a uma das vítimas, uma mulher, e sete mil euros a uma outra, um homem que teve de receber tratamento médico por sua culpa.

O coletivo de juízes obrigou-o, ainda, a pagar 15.897 euros à Unidade Local de Saúde de Braga, verba correspondente ao custo dos tratamentos prestados àquela vítima.

O Tribunal aplicou-lhe o instituto de reincidência – pois tem já três condenações por furto, roubo e violência doméstica – e ordenou que continue em prisão preventiva. E, conforme, O MINHO noticiou, responde por um outro crime, o do furto de um auto-rádio com ameaças de morte à dona do carro, processo que vai, agora, a ser julgado no Tribunal de Braga.

Atacou com um x-ato

Na sentença agora decretada, foi considerado culpado de, em 27 de agosto de 2023, pelas 14:15, ter abordado, com um x-ato, um homem, de nome Leonel, que circulava na Rua Gabriel Pereira de Castro, em São Vicente, dizendo-lhe: “Dá-me o dinheiro senão mato-te!”. A vítima deu-lhe 50 euros e ele fugiu.

Dois dias, depois, na mesma zona, pela 01:30, exigiu a um outro homem, de nome Moisés, “todos os pertences”, tendo fugido com um iPhone 13 Pro, valendo 1.289 euros.

A 30 de agosto, a PSP confrontou-o com o crime e ele devolveu o telemóvel. Já em setembro, enfrentou, pelas 21:30, na Praceta Naco de Pedra, em São Vítor, um outro cidadão, dizendo, com uma faca encostada à barriga, que o matava se não lhe passasse o dinheiro. Levou 30 euros.

Atacou na Senhora do Alívio

No dia 07, às 20:20, ‘atacou’ na Avenida Senhora do Alívio, em Soutelo, Vila Verde. Viu que vinham dois homens numa motorizada e agarrou, pelo pescoço, o passageiro de trás, derrubando-o. E roubou-lhe a carteira com dois mil euros.

Fugiu, então, para dentro do carro em que andava, e quando ia a arrancar, o condutor da mota, agarrou-se à porta do carro, mas Vítor fez várias manobras para o deitar ao chão, o que conseguiu. O homem teve de ir ao hospital.

A 15, às 22:00, viu um homem, de nome Hélio, dentro de um carro, na Rua de Cabanas, freguesia de Crespos e Pousada, em Braga. Foi lá, exibiu-lhe um garrafa de vidro, partida, dizendo que lhe desse dinheiro senão que o “partia todo”. Deu um soco no vidro do carro, mas o condutor conseguiu arrancar e desaparecer.

Roubou mulher de 85 anos

No dia seguinte, às 09:00, na Praça do Comércio, em Braga, à entrada de uma pastelaria, arrancou uma carteira das mãos de uma mulher de 85 anos, que se estatelou no chão. E fez o mesmo a uma filha que o enfrentou. Escapuliu-se, com a bolsa, com 2,77 euros, os documentos pessoais e outros objetos, mas foi perseguido por um transeunte, que o abordou na Central de Camionagem e o atacou com um alicate.

Julgado por ser apanhado a furtar auto-rádio

Pela mesma altura, e conforme O MINHO havia noticiado, o arguido foi apanhado pela dona do carro no seu interior a furtar-lhe o autorrádio. E ameaçou-a de morte. Neste caso, será julgado pelos crimes de ameaça agravada, furto qualificado na forma tentada e furto simples.

A proprietária de um Volkswagen Golf, de nome Helena S. estacionou-o, de tarde, na Praceta Mouzinho de Albuquerque, em Braga. Pelas 18:50, ao regressar, encontrou, sentado no banco do condutor e já com o auto-rádio na mão – cujos cabos tinha cortado -, um homem que se preparava para o furtar.

Aí, Vítor virou-se para ela e perguntou: “O carro é seu?”. Ao que ela disse: “Sim”. Ele atirou com o auto-rádio para o banco do lado, pegou numa caixa de óculos e numa coluna de bluetooth que ali tinham sido deixados e saiu, fugindo a pé.

A vítima chamou a PSP e enquanto aguardava a chegada da patrulha, o larápio apareceu de novo, desta vez, com uma t-shirt branca enfiada na cabeça (e com o tronco nu), pois tinha-se arrependido de não ter levado o rádio.

Dada a oposição da mulher à consumação do furto do rádio, ele ameaçou-a: “Se me tiras uma fotografia, mato-te!”. E desapareceu num carro que tinha estacionado na zona.

 
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