O Patronato S. Pedro de Maximinos, em Braga, está a ponderar extinguir metade das atuais vagas de pré-escolar na instituição face à falta de acordos com a Segurança Social. Atualmente, a instituição tem cerca de 50 acordos individuais, mas tem a seu cargo cerca de 100 crianças.
O MINHO tentou ouvir, sem sucesso, a diretora Marta Miranda, responsável por aquela IPSS de foro privado, sobre esta situação que está a preocupar os pais e as autarquias – Junta e Câmara.
Luís Pedroso, presidente da Junta de Maximinos, Sé e Cividade, esclareceu ao nosso jornal que, apesar dos rumores que dão como certo o encerramento do pré-escolar naquela instituição, isso não corresponde à verdade.
“O infantário só tem 48 acordos com a Segurança Social, mas tem quatro salas, com cerca de 100 miúdos. Houve uma reunião com pais e o que lhes foi comunicado é que, porventura, se o número de acordos da Segurança Social não fosse aumentado, a partir de julho podem ficar só metade das crianças”, disse o autarca.
Outra das soluções passaria pelo aumento da prestação, mas, conforme explica o autarca, “há muitas pessoas com baixos recursos e que não conseguiriam pagar”, pelo que os acordos com o Estado revelam-se essenciais.
“A instituição não pode acumular mais prejuízos, por isso, ou o estado subsidia com novos acordos ou no próximo ano letivo serão menos alunos. Mas não há encerramento nenhum, os pais que alegam isso é que perceberam mal”, constatou.
Luís Pedroso adianta ainda que a reunião preparatória que a diretora teve com os pais, na passada semana, e que abordou este tema, surgiu agora porque “dizer em junho seria uma cobardia”.
O autarca lamenta ainda que não existam maiores parcerias com a Segurança Social, pois tem visto que as IPSS “começam a ficar sufocadas por terem mais utentes do que acordos”.
Fundado em 1948, o Patronato S. Pedro de Maximinos é “uma instituição que procura assumir um papel ativo na sociedade através de políticas de inclusão social e melhoria da qualidade de vida”, pode ler-se na descrição da história no site da IPSS.
Apoia ao nível da educação, formação, alimentação e atividades diárias “àqueles que apresentam maiores fragilidades sociais, económicas e emocionais”.