Cabeceiras de Basto é o concelho de Portugal continental com a maior taxa de incidência de covid-19, registando 9.635 casos por 100 mil habitantes, de acordo com o boletim epidemiológico da DGS emitido esta sexta-feira. À frente, em todo o país, só Câmara de Lobos e Funchal, ambas na Madeira, com 11.918 e 10.205, respetivamente.
A incidência de casos de covid-19 por 14 dias voltou a disparar em praticamente todos os concelhos dos distritos de Braga e Viana. A única exceção é Ponte da Barca que tem uma ligeira descida (de 3.983 para 3.866). Todos os concelhos do Minho continuam, portanto, tal como nas duas semanas anteriores, em risco extremo de contágio (acima dos 960 casos por 100 mil habitantes).
Segundo o boletim, referente ao período entre 06 e 19 de janeiro de 2022 , a incidência nos concelhos do distrito de Braga é a seguinte: Braga (7.090 casos por 100 mil habitantes), Guimarães (7.449), Barcelos (6.848), Famalicão (6.023), Vila Verde (6.262), Amares (6.302), Póvoa de Lanhoso (6.685), Vieira do Minho (5.854), Fafe (7.430), Esposende (6.394), Vizela (8.959), Celorico de Basto (4.766), Terras de Bouro (5.637) e Cabeceiras de Basto (9.635).
No Alto Minho registam-se as seguintes taxas de incidência por 100 mil habitantes: Viana do Castelo (4.313), Cerveira (4.831), Caminha (3.269), Ponte da Barca (3.866), Monção (4.310), Arcos de Valdevez (4.268), Melgaço (1.927), Paredes de Coura (5.866), Ponte de Lima (5.110) e Valença (4.806).
País: Incidência sobe e Rt desce
A incidência nacional de infeções com o coronavírus SARS-CoV-2 aumentou para 4.731,3 casos por 100 mil habitantes em Portugal, enquanto o índice de transmissibilidade (Rt) desceu para 1,10, anunciou hoje a Direção-Geral da Saúde (DGS).
Segundo o boletim sobre a evolução da pandemia de covid-19 em Portugal, a taxa de incidência nacional passou de 4.490,9 casos de infeção por 100 mil habitantes a 14 dias, na quarta-feira, para o número atual.
Considerando apenas Portugal continental, este indicador registou também um crescimento, de 4.437,4 casos por 100 mil habitantes para 4.674.
O Rt – que estima o número de casos secundários de infeção resultantes de cada pessoa portadora do vírus – registou uma descida, passando de 1,11 a nível nacional para 1,10, mantendo-se em 1,10 em Portugal continental desde quarta-feira.
Os dados do Rt e da incidência de novos casos por 100 mil habitantes a 14 dias – indicadores que compõem a matriz de risco de acompanhamento da pandemia – são atualizados pelas autoridades de saúde à segunda-feira, à quarta-feira e à sexta-feira.
O Rt tem vindo a descer desde 05 de janeiro.
País: Apenas cinco concelhos abaixo do risco extremo
Apenas cinco dos 308 concelhos de Portugal estão abaixo do risco extremo de contágio pelo coronavírus SARS-CoV-2, menos três do que na última semana, indica o boletim de hoje da Direção-Geral da Saúde (DGS).
Segundo os dados da DGS, Calheta, Corvo, Santa Cruz da Graciosa, Velas – todos nos Açores – e Mourão são os únicos concelhos que registam uma incidência cumulativa a 14 dias inferior a 960 casos por 100 mil habitantes, o patamar mais alto dos sete definidos pelo Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças para este indicador.
Em relação ao relatório da última sexta-feira, os concelhos de Avis, Alvito, Góis e Gavião passaram para o nível máximo de incidência, enquanto Mourão baixou para o segundo nível entre 480 e 959,9 casos por 100 mil habitantes a 14 dias.
Todos os restantes 303 concelhos estão no nível máximo, destacando-se os concelhos de Câmara de Lobos (incidência de 11.918), Funchal (10.205) Cabeceiras de Basto (9.635).
Em sentido contrário, com a incidência cumulativa mais baixa do país, está esta semana o Corvo, com 426 casos por 100 mil habitantes a 14 dias, situando-se no terceiro dos sete níveis de risco.
A covid-19 provocou pelo menos 5,57 milhões de mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
Em Portugal, desde março de 2020 morreram 19.496 pessoas e foram contabilizados 2.118.125 casos de infeção, segundo a última atualização da Direção-Geral da Saúde.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China.
Uma nova variante, a Ómicron, classificada como preocupante e muito contagiosa pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi detetada na África Austral e, desde que as autoridades sanitárias sul-africanas deram o alerta em novembro, tornou-se dominante em vários países, incluindo em Portugal.