O primeiro-ministro cessante considerou hoje que seria “muito positivo” que a privatização da TAP fosse feita “sem ser sob pressão”, apesar de ressalvar que cabe agora ao futuro executivo decidir se avança com a venda da companhia.
António Costa falava na residência oficial, em São Bento, numa conferência de imprensa de balanço dos seus oito anos de mandato enquanto primeiro-ministro e de apresentação das pastas de transição que deixará ao próximo Governo.
Questionado sobre o facto de ter sido hoje anunciado que a TAP alcançou no ano passado o maior resultado líquido de sempre, com um lucro de 177,3 milhões de euros, o primeiro-ministro disse ficar “muito satisfeito” que a companhia aérea tenha lucros.
“Espero que seja uma boa notícia para todos e que ninguém ache um excesso a TAP ter lucros”, ironizou, numa alusão a declarações do presidente do PS, Carlos César, que disse esperar que o excedente orçamental de 1,2% em 2023 não tenha sido um excesso.
Interrogado se concorda com o presidente da TAP, Luís Rodrigues, que considerou que a sua privatização é “muito importante”, mas que o futuro Governo poderá precisar de tempo, António Costa considerou “muito positivo que a privatização se faça sem ser sob pressão”.