O GNRation foi palco de mais uma reunião do conselho Cultural do Município de Braga, um órgão consultivo, composto por associações culturais do Município e individualidades da área congénere, que tem como pretensão auscultar as diversas sensibilidades coexistentes na sociedade civil bracarense, no sentido de criar uma planificação cultural adaptada aos recursos do Município e, em simultâneo, que corresponda às necessidades dos cidadãos.
A agenda para esta reunião incidiu de forma particular sobre o plano de atividades do Município de Braga para a área da cultura, tendo contado com a participação de cerca de duas dezenas de conselheiros.
Na abertura da reunião, a vereadora da cultura, Lídia Dias, deu nota da “contínua melhoria da oferta cultural em que o Município é agente realizador”, lembrando também o incremento dos apoios financeiros e não-financeiros a iniciativas propostas pelas associações e agentes culturais bracarenses.
A vereadora da cultura frisou que já foram cumpridos praticamente “todos os compromissos do atual executivo para a cultura”, tendo até sido ultrapassado esse desiderato com a concretização de iniciativas não previstas “como são os casos mais visíveis do Festival de Guitarra de Braga, Concurso de Bandas Filarmónicas ou do Natal na Rua”.
As novidades para o próximo ano incluem a criação de um Centro Interpretativo da História da Cidade na Torre de Menagem, a implementação do projeto “Braga vai ao Museu”, bem como a ampliação do espaço do Arquivo Municipal. No âmbito da descentralização cultural está previsto um programa que visa levar as artes cénicas às freguesias periurbanas intitulado “Olhó Teatro”. Em agenda está também a renovação da missão do Museu da Imagem e duas grandes exposições organizadas pelo Município, uma sobre a antiga Saboaria e Perfumaria Confiança e outra que dará continuidade à divulgação do acervo do Arquivo Municipal. As áreas da dança e do jazz terão programação reforçada em 2016.
Encerrando o encontro, Ricardo Rio referiu que a dinâmica cultural “é uma realidade evidente” no desempenho do atual executivo, frisando a necessidade de “alcançar dimensão mediévica”, dando como exemplo o caso do Porto.
Para o presidente da Câmara Municipal de Braga é essencial fortalecer as “parcerias” entre instituições, de forma a potenciar as iniciativas que já integram o plano de atividades, sugerindo um “maceramento” das infra-estruturas existentes.
“É fundamental a existência a partilha dos recursos das instituições culturais, nomeadamente dos equipamentos disponíveis”, disse.
O edil lançou ainda o repto para o próximo encontro do Conselho Cultural, propondo que fosse discutida a estratégia a adoptar no âmbito da Feira do Livro.