O concurso público para a construção da linha vermelha do BRT, que vai ligar a Estação da CP ao hospital, passando pela Universidade do Minho, vai ser lançado esta semana, foi hoje anunciado.
Segundo o administrador-executivo dos Transportes Urbanos de Braga (TUB), Teotónio dos Santos, que falava no final da reunião do executivo, a linha terá cerca de seis quilómetros e até junho de 2026 os autocarros já deverão estar a circular.
“Vamos ter uma frequência de cerca de seis minutos”, referiu.
A linha disporá de cerca de 12 veículos, incluindo alguns de reserva.
Em relação ao traçado no campus da Universidade do Minho, Teotónio dos Santos disse que já foi possível chegar a um “possível entendimento”, na sequência de uma proposta da própria reitoria.
A linha significará um investimento de 76 milhões de euros e terá alguns “pequenos troços” sem via dedicada e outros com prioridade semafórica.
Quanto à linha amarela, entre a estação ferroviária e a Avenida Robert Smith, que também estava previsto avançar nesta fase, vai ficar, para já, em ‘stand-by’, devido a imposições da Infraestruturas de Portugal (IP), que tutela a Avenida António Macedo.
“Tivemos de a travar, porque a IP não nos permitiu, no fundo, usar duas das vias, uma em cada sentido, na Avenida António Macedo, como vias dedicadas para o BRT”, explicou Teotónio dos Santos.
O administrador dos TUB lembrou que se trata de uma linha também com cerca de seis quilómetros e que só a Avenida António Macedo tem dois quilómetros.
“Se esses dois quilómetros representam logo um terço da linha em que não seria via dedicada, e juntando mais alguns pequenos troços no centro da cidade [também sem via dedicada], não seria uma linha de BRT com uma via completamente dedicada e, portanto, neste momento, não conseguimos avançar com essa linha e tivemos de a retirar para já do projeto, para não perdermos o prazo e podermos executar a linha vermelha”, referiu.
O BRT de Braga é financiado pelo Programa de Recuperação e Resiliência, que alocou 100 milhões de euros para o projeto.
Na reunião do executivo de hoje, foi aprovada a alteração dos estatutos dos TUB, essencialmente para permitir à empresa liderar o processo de construção e gestão do BRT (‘bus rapid transit’, também conhecido por metrobus).