A comissária europeia para a Coesão e Reformas, Elisa Ferreira, entregou hoje a Portugal um “cheque” de 1,16 mil milhões de euros correspondente à primeira tranche das verbas relativas ao Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).
“Portugal foi o primeiro país a apresentar o seu PRR e completou recentemente o primeiro conjunto de medidas contratualizadas”, lembrou a comissária europeia, na sua intervenção na cerimónia protocolar das comemorações em Portugal do Dia da Europa, realizadas em Évora.
Por isso, em nome da Comissão Europeia, Elisa Ferreira disse ter “o maior gosto” e “maior prazer” em “entregar hoje ao Governo português”, representado pela ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva, “a confirmação desse progresso”, ou seja, “a transferência que corresponde à primeira fatia dos apoios prometidos pela União Europeia”.
Proceder hoje, no Dia da Europa, à entrega desta transferência, de 1,16 mil milhões de euros, “tem um significado simbólico particular”, segundo a comissária europeia.
“Este “cheque” significa muito mais do que o dinheiro que é transferido. Representa, antes de mais, uma forma de materializar e concretizar os valores europeus que hoje celebramos”, disse.
“A solidariedade para com quem mais sofreu com a pandemia, a confiança num futuro mais sustentado, mais equilibrado, onde todos têm lugar, e a garantia de que a dignidade humana é um valor que partilhamos, todos os portugueses e todos os europeus”, vincou.
Elisa Ferreira disse ainda esperar que, “em breve”, se possa “celebrar a conclusão também do acordo de parceria para o financiamento do Portugal 2030”, o qual “representa um volume de investimentos dos fundos da política de coesão superior ao do PRR”.
“São 26 mil milhões de euros de subvenções exatamente destinadas a desenvolver as regiões e os territórios, o conjunto da sociedade portuguesa, incentivando a inovação e a competitividade”, precisou.
A comissária europeia lembrou que “não haverá desenvolvimento sem que todos, independentemente do local de nascimento ou residência, tenham oportunidades”.
E “sem que todas as regiões possam participar plenamente no mercado interno e contribuir com a sua diversidade e capacidade de geração de riqueza para o bem-estar de todos”, acrescentou.
“É justo que faça esta alusão aqui, em Évora, em pleno Alentejo, pois o crescimento inclusivo e multipolar é também um resultado dos valores e princípios europeus a que aludi, da dignidade da pessoa humana, da solidariedade e do desenvolvimento sustentável”, frisou.