Quatro dos cinco utentes do Centro de Apoio e Solidariedade da Pousa (CASP), em Barcelos, infetados com Covid-19, foram esta madrugada transportados pela Cruz Vermelha de Aldreu (Barcelos ) e pela Cruz Vermelha da Maia para o Hospital de Barcelos.
Um outro utente, em condições mais graves, foi transportado para o Hospital de Braga, apurou O MINHO no local.
Eram 19:30 quando o primeiro infetado foi transportado pelos Bombeiros de Barcelinhos para o Hospital de Barcelos. Depois, acabou por ser reencaminhado para o Hospital de Braga.
Os restantes utentes, depois de uma longa espera pelos serviços da Cruz Vermelha, foram transportados cerca das 02:00 desta madrugada, para o Hospital de Barcelos.
Os restantes 19 utentes que não acusaram positivo para a infeção do novo coronavírus devem ser transportados para o seminário de Silva, também em Barcelos, ao longo do dia de hoje.
Esta movimentação deve-se à falta de funcionários no CASP. Segundo Miguel Costa Gomes, autarca de Barcelos, o CASP “não tem condições internas”, tanto a nível de instalações como de pessoal, para garantir o necessário isolamento, separando os infetados dos não infetados.
“Vamos retirar do lar os que não estão infetados e colocá-los uma unidade de saúde privada”, tinha dito Costa Gomes na segunda-feira.
No domingo, o presidente da direção do CASP, Joaquim Pereira, disse à Lusa que já estavam contabilizados cinco idosos e quatro funcionárias infetados com covid-19.
Os cinco utentes que testaram positivo estiveram em isolamento na instituição. Os restantes 19 utentes mantinham-se assintomáticos.
Das 31 funcionárias que a instituição possui, e ainda segundo Joaquim Pereira, só “menos de meia dúzia” estava ao serviço.
Das restantes, quatro estão em casa após terem testado positivo para a covid-19 e as outras ou apresentam sintomas da doença, ou estão em quarentena, incluindo as duas enfermeiras da instituição.
Ontem foram feitos testes a todos os utentes e funcionários, para apurar o real ponto da situação.
Segundo o presidente da câmara, o caso da Pousa é, em termos de instituições, o “mais difícil” no concelho, uma vez que evoluiu “de uma forma muito rápida”. De resto, acrescentou o autarca, está “tudo sereno”.
No concelho, há 650 utentes em lares, contando-se ainda 646 em centros de dia e 444 que têm apoio domiciliário.