A região do Minho, e todo o Norte de Portugal, voltou a cumprir a tradição católica de romagem ao cemitério no Dia de Todos os Santos, feriado nacional, depois das solenidades litúrgicas pelas diferentes paróquias.
No final da Eucaristia, são dezenas e centenas de pessoas que se acercam das campas dos familiares que já partiram, acompanhando as cerimónias com orações. Outra tradição que acompanha este dia é a chuva, que embora com tréguas, lá caiu de vez a vez.
Em Portugal, a tradição do Norte não é igual à do Sul. Para lá de Aveiro, no sentido Norte-Sul, a romagem ao cemitério é pouco habitual, mas em algumas localidades as crianças andam na rua em pequenos grupos para pedir o ‘Pão por Deus’ de porta em porta, sobretudo na zona interior Centro, onde a tradição se encontra ainda bastante enraizada.
Segundo a Agência Ecclesia, a solenidade litúrgica de Todos os Santos lembra “os eleitos que se encontram na glória de Deus”, sejam ou não considerados santos de forma oficial pelo Vaticano.
A tradição desta cerimónia remonta ao século IV nas igrejas do oriente, mas era celebrado durante o período pascal.
No ocidente, o Dia de Todos os Santos começou a ser celebrado mais de 100 anos depois, em 13 de maio de 610, data conhecida em Portugal por ser o mesmo dia das aparições de Nossa Senhora de Fátima.
Apenas no século VIII é que a Igreja Católica oficializou o dia 01 de novembro como data oficial para a celebração aos santos, graças à intervenção do imperador Carlos Magno, que tornou a mesma como obrigatória no reino dos Francos.