Celorico de Basto troca Penafiel por Guimarães como hospital de referência

Foto: Rui Dias / O MINHO / Arquivo

O presidente da Câmara de Celorico de Basto, José Peixoto Lima, anunciou hoje que o hospital de referência do concelho, a partir de janeiro, vai passar a ser Guimarães, em vez de Penafiel, como ocorria até ao momento.

“Trata-se de uma mudança que, no meu ponto de vista, já se justificava há mais tempo”, disse.

Segundo o autarca, a decisão foi tomada, em articulação com a tutela, por entender o seu município que a mobilidade para Guimarães é melhor do que para Penafiel.

Em linha com esta mudança, Celorico de Basto vai também deixar de pertencer ao Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) do Baixo Tâmega, passando a integrar o ACES do Alto Ave, que já reúne Mondim de Basto e Cabeceiras de Basto.

O anúncio do autarca aconteceu numa conferência de imprensa, nos paços do concelho, convocada para divulgar o Orçamento Participativo Jovem, que a autarquia vai promover este ano pela primeira vez.

Celorico de Basto é um dos 11 concelhos da Comunidade Intermunicipal (CIM) do Tâmega e Sousa, que tem o hospital de Penafiel como unidade de referência. Contudo, alega o presidente da câmara, só uma freguesia do concelho está mais próxima de Penafiel do que de Guimarães.

Acresce que, acentuou, Celorico de Basto conta com um maior número de ligações diárias por autocarro nos dois sentidos a Guimarães do que a Penafiel, facilitando a mobilidade da população e reduzindo os custos.

Para tal, contribui ainda o facto de os serviços de saúde dos concelhos vizinhos de Cabeceiras de Basto e Mondim de Basto terem como referência o hospital de Guimarães, sendo que, precisou, os transportes oriundos daqueles concelhos passam por Celorico de Basto.

“Nós temos uma mobilidade muito mais forte para Guimarães do que para Penafiel”, afirmou.

José Peixoto Lima assinalou, por outro lado, que a mudança “nada tem a ver com qualidade dos serviços prestados nos dois centros hospitalares”, assentando exclusivamente nas questões da mobilidade.

Essa questão, notou, mereceu a compreensão e a concordância dos demais presidentes de câmara da CIM do Tâmega e Sousa.

 
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