A Polícia Judiciária (PJ) e a GNR estão a investigar suspeitas de clonagem de cartões multibanco em Barcelos.
Segundo fonte da GNR, as primeiras queixas começaram a surgir na semana passada e têm-se identificado, mas O MINHO sabe que também há casos que têm sido reportados diretamente à PJ, que também está a investigar.
Em causa, estará uma máquina ATM na freguesia da Silva, onde os lesados terão feito levantamentos de dinheiro.
Muitas pessoas estão agora a ser surpreendidas com levantamentos de dinheiro, que estão a ser feitos a partir de Lisboa.
Segundo a fonte da GNR, a maioria das queixas referem-se a quatro levantamentos de 50 euros (200 euros no total).
Como funciona a clonagem de cartões?
A clonagem funciona através da colocação de um dispositivo nas caixas multibanco ou nos terminais de pagamento que copiam as informações do cartão.
“A partir daí, já com acesso ao PIN e ao número de cartão, é feita uma cópia dessa informação”, pode ler-se no site da Caixa Geral de Depósitos.
“As notícias sobre a clonagem de cartões são frequentes e continuam a acontecer. No início de 2020, uma nova vaga de clonagem de cartões terá afetado cerca de 20 mil pessoas em Portugal”, acrescenta o banco público.
Cuidados a ter
A Caixa Geral de Depósitos dá ainda uma série de conselhos para evitar que o seu cartão seja clonado, como, por exemplo, ver se a caixa multibanco ou o terminal de pagamento têm um aspeto normal ou se estão danificados. “Esteja atento sobretudo à ranhura onde insere o cartão”, pode ler-se.
“É justamente neste ponto que são colocados os dispositivos que fazem a clonagem. Por isso, se achar que algo não está bem, procure outro local ou encontre outra forma de pagar”, acrescenta.
A Caixa Geral de Depósitos deixa ainda os seguintes conselhos:
– Se inserir o cartão e este ficar retido, pode estar a ser vítima de uma tentativa de fraude. Um dos métodos para clonagem é manipular o equipamento para que este impeça a saída do cartão, que será depois recolhido para utilização indevida.
– Caso desconfie que pode ser esse o caso, não aceite a ajuda de desconhecidos e comunique imediatamente ao seu Banco.
– Nos pagamentos, ‘contactless’ ou não, nunca perca o seu cartão de vista. Tenha o cuidado de verificar a soma que lhe é cobrada e não repita a operação se não houver registo de que a operação foi inválida. Peça sempre o comprovativo de pagamento.
– Uma dica passa por evitar as caixas multibanco que estão na rua e preferir, por exemplo, as que estão no interior das agências ou em locais mais movimentados e seguros, como centros comerciais.
– Se o seu cartão está bloqueado, estragado ou fora de validade, não o guarde em casa ou na carteira. Corte-o em vários pedaços, inutilizando completamente a banda magnética ou o chip. Não coloque todos os pedaços no mesmo local. Por exemplo, deite uns no lixo em casa, outros no emprego ou noutros locais.
O que fazer
A Caixa Geral de Depósitos também explica o que fazer caso o seu cartão tenha sido clonado:
– Se o seu cartão foi roubado, perdido ou extraviado, deve entrar imediatamente em contacto com o seu Banco, para que sejam tomadas as medidas necessárias e se proceda ao cancelamento.
– É importante ter consigo o número de cartão, que pode encontrar no contrato de adesão ou nos extratos bancários.
– Este contacto praticamente imediato é importante por duas razões. Por um lado, evita que sejam realizadas mais operações fraudulentas com recurso ao seu cartão. Por outro lado, porque, depois de ter alertado o seu Banco, não pode ser responsabilizado pelas operações que venham a ser realizadas de forma fraudulenta.
– Se o cartão já tiver sido usado, e se não tiver existido, da sua parte, negligência ou incumprimento das suas obrigações, só terá de suportar as perdas dentro do limite do saldo disponível ou da linha de crédito associada à conta ou ao cartão, até ao máximo de 50 euros.
– No entanto, se não respeitar as condições de utilização do cartão ou se não comunicar o seu extravio ou utilização fraudulenta, terá de pagar todos os valores das operações de pagamento não autorizadas.