Abel Baptista, candidato à Câmara pelo grupo de cidadãos Ponte de Lima Minha Terra (PLMT), renunciou ao cargo de vereador para que o movimento independente “possa repensar livremente o seu destino”.
Numa nota partilhada na sua página de Facebook, Abel Baptista, que concorreu pela segunda vez ao cargo, após cisão com o CDS, salienta que, durante a campanha eleitoral, sempre se afirmou “como candidato a presidente da Câmara e como única alternativa ao poder instalado no concelho”. “Reafirmo que fui candidato a presidente da Câmara”, acentua.
No entanto, nas eleições de 26 de setembro, os limianos “escolheram a continuidade, em detrimento da candidatura PLMT”. Tendo dito, “muitas vezes”, que se “dispunha a servir o [seu] concelho, mas que não [se] impunha”, Abel Baptista entende que, “ao não ser aceite o programa, a equipa e as propostas que [apresentou]”, deve “permitir que a equipa PLMT possa repensar livremente o seu destino, a sua estratégia e o seu futuro”.
“Por isso renunciei ao mandato de vereador da Câmara Municipal de Ponte de Lima”, declara, acrescentando que continua “a acreditar que Ponte de Lima precisa de uma nova visão autárquica porque o concelho está em declínio demográfico, social, económico, ambiental e ecológico”.
“Estive 28 anos ao serviço público. Fi-lo de forma empenhada, honesta, leal, transparente e com os mais elevados padrões éticos, sempre e só com um objetivo – servir as pessoas e as instituições. A maior parte desse tempo com enorme prejuízo pessoal, familiar e profissional, mas fi-lo com o maior orgulho e honra porque servia a minha comunidade e quase sempre em benefício dos que maiores dificuldades tinham”, refere.
E acrescenta: “Ao fim de 28 anos de serviço público vou dedicar-me à minha vida pessoal, familiar e profissional, sem deixar de continuar a ter a minha visão, intervenção e participação cívica sobre as questões da minha terra, disso também não abdico”.
O CDS venceu as eleições autárquicas em Ponte de Lima elegendo Vasco Ferraz como novo presidente da Câmara, manteve a maioria absoluta, mas perdeu um vereador para o PSD.
O CDS obteve 43,38% dos votos e elegeu quatro vereadores, menos um do que em 2017.
O movimento PLMT ficou em segundo com 28,02% dos votos, mas apesar do reforço de votação manteve os mesmos dois mandatos.
O PSD conquistou 11,19% dos votos e conseguiu a eleição de um vereador.