O Chega de Famalicão deixou hoje críticas ao modelo de gestão hospitalar da Unidade Local de Saúde do Médio Ave (ULSMAVE), que abrange os hospitais de Famalicão e Santo Tirso, depois do candidato à presidência da Assembleia Municipal ter sofrido um ataque cardíaco, no domingo.
De acordo com o jornal Notícias de Famalicão, João Pedro Castro, que é também candidato à freguesia de Calendário e Famalicão, terá sido transferido para outro hospital por a unidade de cardiologia não ter disponibilidade urgente durante o fim de semana.
Para o Chega de Famalicão, “este caso expõe de forma clara as fragilidades do nosso sistema de saúde, em particular da ULSMAVE, que serve Vila Nova de Famalicão, Santo Tirso e Trofa”.
“É incompreensível que um centro hospitalar com tamanha centralidade e abrangência populacional continue sem acesso permanente a especialidades fundamentais, como cardiologia, oftalmologia ou otorrinolaringologia. Nos fins de semana, feriados ou durante a noite, os doentes são obrigados a ser transferidos para outros hospitais, o que significa perda de tempo precioso e insegurança para pacientes e famílias”, afirma o comunicado assinado por Pedro Alves, candidato à presidência do município.
Alves aponta para “clara falta de investimento” com a falta de “especialistas em determinadas alturas e a ausência de equipamentos essenciais, como os necessários para implantar pacemakers”.
“O argumento da redução de custos é frágil: também há custos significativos quando é necessário recorrer a outros hospitais para procedimentos e exames. O que está em causa não são números, mas vidas humanas”, reforça.
Para o Chega, o governo “falha ao insistir em centralizar especialidades em vez de investir na ULSMAVE, tornando-a mais completa e capaz de responder às necessidades reais da população. A centralização apenas aumenta a insegurança de doentes e profissionais”.
“O Hospital de Famalicão e o Hospital de Santo Tirso precisam urgentemente de reforço de meios humanos, equipamentos e condições físicas. É fundamental aumentar a capacidade de internamento, modernizar infraestruturas, garantir condições dignas para os doentes abandonados pelas famílias que acabam por ocupar vagas indefinidamente, e sobretudo dotar a unidade de especialidades críticas que salvam vidas”, conclui o comunicado.