Candidato à liderança do Varzim acusa rival de “subalternização ao SC Braga”

O candidato à presidência do Varzim João Gomes acusou esta quinta-feira Pedro Faria, atual presidente do emblema poveiro, da II Liga de futebol, que também se recandidata, de “subalternização ao SC Braga”.

João Gomes, que encabeça a Lista B para as eleições que acontecem no emblema poveiro este sábado, foi diretor geral da SAD do SC Braga, da I Liga de futebol, durante 11 anos, e não gostou dos comentários que o rival eleitoral, Pedro Faria, teceu sobre a sua saída do emblema minhoto.

O atual presidente do Varzim, que encabeça a Lista A, tinha afirmado, numa entrevista ao jornal “A Bola” que João Gomes foi alvo de um processo disciplinar “por gestão danosa, roubo e extorsão”, que levaram ao seu despedimento no SC Braga.

“O candidato da Lista A, numa atitude de desespero, foi a Braga buscar pedras para atirar a este movimento varzinista, o que é repugnante. Hoje mesmo será entregue no tribunal um procedimento criminal contra o autor de tais afirmações insultuosas e indignas”, disse João Gomes.

O ex-diretor dos bracarenses disse ter conhecimento que “o atual presidente do Varzim e mais uma pessoa foram a Braga, reunir-se com o responsável máximo do clube”, considerando tal um “ato de subalternização”.

“Qual o custo das conversas e subalternização do Varzim para com o SC Braga? Como pode o Varzim ter voz nos órgãos de poder, com a Liga à cabeça, se votos e subalternidade e independência já estão entregues?”, questionou João Gomes, numa conferência de imprensa hoje promovida.

A resposta de Pedro Faria surgiu através de um comunicado, em que o atual presidente do Varzim afirma que João Gomes, “depois ter sido despedido com justa causa, na sequência de um processo disciplinar que o deixou desempregado, veio à pressa procurar no Varzim a sua nova ocupação”.

“Não precisámos de ir a Braga, porque todo o país sabe, e em especial no meio desportivo, quais as acusações que o SC Braga faz ao Sr. João Gomes. Nós não insinuamos, nós afirmamos: foi despedido, com justa causa, pelas razões que o presidente do clube [António Salvador] já explicou”, disse Pedro Faria.

Ainda no âmbito das polémicas neste processo eleitoral no centenário clube da Póvoa de Varzim, João Gomes mostrou documentos que diz provarem que o atual líder do Varzim terá ficado com uma percentagem do passe do jogador Pedro Sá, que posteriormente foi vendido pelo Varzim ao Portimonense.

“Verifica-se a existência de práticas duvidosas que devem ser banidas de imediato, irei solicitar uma investigação às autoridades competentes. É um escândalo e mais um exemplo e gestão danosa no Varzim”, afirmou o candidato da Lista B.

“Os sócios terão de ser mais exigentes em relação às pessoas que elegem. Estamos a falar de muito dinheiro, que deveria ter entrado nos cofres do Varzim”, acrescentou João Gomes.

Pedro Faria defendeu-se destas acusações afirmando, no mesmo comunicado, que “os negócios do Varzim são transparentes”.

“As contas do Varzim estão aprovadas, revisadas e auditadas externamente, pelo que é bom que parem de pôr em causa o bom nome do nosso clube só para tentar ganhar votos de forma enviesada e com recurso a mentiras”, sublinhou o atual presidente.

Pedro Faria afirmou que as insinuações da lista concorrente têm como base “cópias mal-amanhadas, de documentos falsos e truncados”, dizendo “desprezar essas calúnias” e afirmaqndo que “o dinheiro entrou e vai continuar a entrar todo nas contas do Varzim”.

As eleições para os órgãos sociais do Varzim para o próximo triénio realizam-se este sábado, no estádio, estando as urnas abertas entre as 10:00 e as 17:00.

 
Total
0
Partilhas
Artigos Relacionados