A candidatura da coligação “Juntos por Braga”, de Ricardo Rio, em Braga, às autárquicas, deverá ser a mais cara do Minho, com um orçamento de 166.500 euros, mais 13 mil euros do que conta gastar o socialista Domingos Bragança, em Guimarães, cujo orçamento é de 153.617,40 euros, o segundo mais elevado nos dois distritos.
Com apoios de PSD, CDS, PPM e Aliança, o atual presidente da Câmara de Braga vai gastar mais 79,976 euros do que Hugo Pires, o candidato socialista à Câmara, que terá um orçamento de 86.524 euros, menos 67 mil euros que o colega de partido em Guimarães. Também no concelho vimaranense, Bruno Fernandes, apoiado por PSD e CDS, terá um orçamento de 120.000 euros.
A coligação de centro-direita é quem mais investe nas principais cidades minhotas. Em Famalicão, Mário Passos terá ao seu dispor 155.000 para convencer os famalicenses que é o substituto ideal de Paulo Cunha. Do outro lado, terá a novidade socialista Eduardo Oliveira, que conta com orçamento de 78.711,20, cerca de metade do rival.
Em Barcelos, novamente a coligação a liderar o plafond para a campanha, com 99 mil euros à disposição de Mário Constantino, apoiado por PSD, CDS e pelo movimento Barcelos Terra de Futuro. Já Horácio Barra, que pretende manter a Câmara nas hostes socialistas no período pós-Miguel Costa Gomes, tem 69.836 euros à disposição.
No Alto Minho (distrito de Viana), é o PS quem tem o maior orçamento para uma autarquia, no caso, a capital de distrito – Viana do Castelo – com Luís Nobre a dispor de 69.836 euros para conseguir eleger-se como substituto de José Maria Costa, e manter assim a liderança socialista naquele concelho. Já a coligação PSD/CDS, liderada pelo deputado Eduardo Teixeira, poderá gastar até 44.700 euros para ser eleito.
Alguns orçamentos ‘chorudos’ em autarquias ‘menores’ chamam a atenção, como é o caso do investimento do CDS na única autarquia que governa no Minho – Ponte de Lima – no valor de 45 mil euros. Note-se o ‘fosso’ em termos de investimento dos centristas nos restantes concelhos com mais fundos: Vieira do Minho e Esposende – 9.000 euros para cada.
O PSD avança sozinho em algumas autarquias, e o destaque de investimento de campanha vai para Esposende (55.000) Vila Verde (50.000) e Celorico de Basto (41.500). Os valores mais reduzidos dos social-democratas vão para Terras de Bouro (18.500) e Ponte de Lima (19.068,84).
Em termos de partidos com menor expressão parlamentar e autárquica, o Bloco de Esquerda faz a sua maior aposta em Braga, com orçamento de 16.908,23, para conseguir eleger finalmente um vereador que tem fugido à candidatura liderada por Alexandra Vieira.
A CDU, por sua vez, aposta na reeleição de vereadores em Braga e em Viana, com orçamentos de 54.000 e 25.200, respetivamente. Os comunistas apostam forte em Guimarães (43.000) e Famalicão (35.250), onde pretendem chegar à vereação.
Também o PAN aposta em Braga como ónus para os recursos financeiros do partido, investindo 5.274.78 na campanha do líder distrital Rafael Pinto.
Destaque para a Iniciativa Liberal que, ao contrário da maioria dos outros partidos, não aposta em Braga como ponto forte, investindo 7.706 euros na candidatura de José Bilhoto em Famalicão.
Já o Chega dividiu as autarquias em duas classes financeiras e investe 8.000 euros nas cinco cidades a que concorre, e 1.500 nas vilas.
Orçamento da campanha para as autárquicas 2021
CDS
Ponte de Lima – 45.000 euros
Esposende – 9.000 euros
Vieira do Minho – 9.000 euros
Arcos de Valdevez – 7.000 euros
Vila Verde – 4.500 euros
Celorico de Basto – 4.000 euros
Fafe – 3.500 euros
Póvoa de Lanhoso – 3.250 euros
Terras de Bouro – 1.000 euros
Monção – 1.000 euros
Ponte da Barca – 1.000 euros
Valença – 1.000 euros
Cerveira – 1.000 euros
PSD
Esposende – 55.000 euros
Vila Verde – 50.000 euros
Póvoa de Lanhoso – 47.500 euros
Celorico de Basto – 41.500 euros
Arcos de Valdevez – 40.000 euros
Valença – 40.000 euros
Monção – 40.000 euros
Vieira do Minho – 35.000 euros
Melgaço – 31.000 euros
Ponte da Barca – 25.000 euros
Fafe – 22.500 euros
Terras de Bouro – 18.500 euros
Ponte de Lima 19.068,84 euros
PS
Guimarães – 153.617,40 euros
Braga – 86.524,00 euros
Famalicão – 78.711,20 euros
Barcelos – 69.836 euros
Viana – 63.825,52 euros
Fafe – 59.825,92 euros
Cabeceiras de Basto – 55.245,60 euros
Caminha – 46.934,96 euros
Melgaço – 43.837.60 euros
Ponte da Barca – 37.711,20 euros
Póvoa de Lanhoso – 36.892 euros
Valença – 34.948,80 euros
Vieira do Minho – 34.220 euros
Vila Verde – 31.888,80 euros
Monção – 30.888 euros
Paredes de Coura – 25.537,60 euros
Amares – 23.920,80 euros
Arcos – 19.981.60 euros
Cerveira – 17.506,80 euros
Esposende – 17.175,60 euros
Celorico de Basto – 15.937,60 euros
Terras de Bouro – 14.413,84 euros
Bloco de Esquerda
Braga – 16.908,23 euros
Guimarães – 12.351,77 euros
Famalicão – 12.336,77 euros
Barcelos – 12.316,77 euros
Viana – 10.071,88 euros
Caminha – 4.166,26 euros
Póvoa de Lanhoso – 3.801,26 euros
Vila Verde – 3.801,26 euros
Vizela – 3.801,26 euros
Cerveira – 1.914,10 euros
Esposende – 1.668,11 euros
Vieira – 1.668,11 euros
PAN
Braga – 5 274,78 euros
Guimarães – 2 076,95 euros
Famalicão – 2.076,95 euros
Iniciativa Liberal
Famalicão – 7.706,00 euros
Viana – 3.806,74 euros
Braga – 3.100 euros
Guimarães – 2.988,90 euros
Chega
Barcelos – 8.000 euros
Braga – 8.000 euros
Guimarães – 8.000 euros
Famalicão – 8.000 euros
Viana – 8.000 euros
Melgaço – 1.500 euros
Paredes de Coura – 1.500 euros
Terras de Bouro – 1.500 euros
Cerveira – 1.500 euros
CDU
Braga – 54.000 euros
Guimarães – 43.000 euros
Famalicão – 35.250 euros
Viana – 25.200 euros
Barcelos – 25.000 euros
Caminha – 17.500 euros
Fafe – 17.000 euros
Ponte da Barca – 16.000 euros
Vieira do Minho – 13.000 euros
Arcos – 13.000 euros
Melgaço – 13.000 euros
Valença – 12.500 euros
Amares – 12.000 euros
Esposende – 11.900 euros
Vila Verde – 11.050 euros
Ponte de Lima – 10.000 euros
Celorico de Basto – 9.000 euros
Paredes de Coura – 8.500 euros
Terras de Bouro – 7.650 euros
Vizela – 7.500 euros
Cabeceiras de Basto – 3.000 euros
Póvoa de Lanhoso – 2.500 euros
Monção – 1.750 euros
Cerveira – 1.750 euros
Coligações PSD/CDS (e outros)
Braga – 166.500 euros
Famalicão – 155.000 euros
Guimarães – 120.000 euros
Barcelos – 99.000 euros
Viana – 44.700 euros
Amares – 34.500 euros
Vizela – 30.848 euros
Cabeceiras de Basto – 14.000 euros
Paredes de Coura – 11.582,82 euros
*Segundo os orçamentos disponibilizados esta quarta-feira na página da Internet da Entidade das Contas e Financiamentos Políticos