A Câmara Municipal de Braga vai enviar uma carta ao SC Braga para que a sua direção sugira outras contrapartidas, como alternativa às que foram rejeitadas, a fim de viabilizar a construção da segunda fase da Cidade Desportiva, segundo foi decidido esta tarde de quinta-feira, com a abstenção do Partido Socialista, na reunião do Executivo.
A dois dias do jogo com o Sporting, no Estádio Municipal de Braga, a maioria Juntos por Braga (PSD/CDS) e a CDU mantiveram a mesma posição, que nunca colocando em causa o interesse púbico da segunda fase da Cidade Desportiva do SC Braga, muito pelo contrário, a autarquia não poderá ficar sem contrapartidas por ter cedido o espaço para a piscina olímpica, cuja construção ficou inacabada e em ruínas.
No final da reunião, o presidente da Câmara Municipal de Braga, Ricardo Rio, declarou aos jornalistas que “sendo projeto de grande mérito para o concelho, a Cidade Desportiva do SC Braga, numa zona ao abandono que teve um projeto megalómano e onde houve um desperdício de recursos, mas não queremos uma solução a qualquer preço, pelo que deverão logo existir contrapartidas, desde que beneficiem a comunidade no seu todo”.
Para os eleitos do PS, Miguel Corais, Artur Feio e Liliana Pereira, a abstenção do Partido Socialista justifica-se “por não dispormos de informação suficiente sobre todo o processo, para podermos decidir já, mas claro que somos sensíveis ao investimento de 30 milhões de euros do SC Braga, para regenerar uma zona onde o Partido Socialista tentou fazer as piscinas olímpicas, mas não conseguiu por falta de verbas comunitárias”.
Sobre o impasse entre a autarquia e o clube, Artur Feio afirmou que “vê-se não ter existido um acordo entre a Câmara e o Sporting de Braga. embora houvesse uma conversa entre as partes, mas agora o clube dá nota do seu desacordo dos termos da minuta apresentada”.
Já o vereador da CDU, Carlos Almeida, começou por dizer “haver um excesso de ruído em torno desta questão, o que está a condicionar a conclusão de um projeto que ainda está a meio para uma zona que está abandonada há dez anos”, mas reiterou que “o Município de Braga tem de ser compensado, em usufruto dos cidadãos, pela cedência dos terrenos”.