A Câmara de Valença quer comprar, por mais de 1,6 milhões de euros, um antigo colégio português desativado há cinco anos, para colocar um ‘ex-libris’ da cidade “ao serviço da comunidade” nas áreas social e cultural, foi hoje divulgado.
“Este é um imóvel emblemático para Valença. A recuperação do antigo colégio português e a área envolvente é uma obrigação de Valença e dos valencianos e permitirá colocar este ‘ex-libris’ de novo ao serviço da nossa comunidade nas áreas sociais e culturais, proporcionando à cidade uma nova centralidade, com a qualificação urbana de todo o espaço”, afirmou o presidente da câmara, José Manuel Carpinteira, citado numa nota enviada às redações.
A proposta de aquisição do imóvel, que até setembro de 2016 funcionou como sede da Escola Superior de Ciências Empresariais (ESCE) do Instituto Politécnico de Viana do Castelo (IPVC), foi aprovada, por unanimidade, na última reunião do executivo municipal.
Com a mudança da ESCE para o novo edifício, inaugurado em fevereiro de 2017, pelo Presidente da República, o imóvel do antigo colégio português “deixou de ter qualquer utilização”.
Com a aprovação, em reunião do executivo municipal, na última quarta-feira, da manifestação de interesse na aquisição do edifício, a “Câmara de Valença formalizará a proposta à Santa Casa da Misericórdia”.
O imóvel do antigo colégio português “nasceu por vontade de um benemérito valenciano, Joaquim Apolinário da Fonseca, com uma ampla dedicação à vida social e económica do concelho, que deixou à Santa Casa da Misericórdia de Valença a verba para a construção do Asilo Fonseca, um asilo para a infância desvalida”.
O imóvel “começou a ser construído em 1910, mas só foi inaugurado, em 1928”, sendo que, “na ocasião a Santa Casa da Misericórdia assinou um contrato de comodato com a Congregação das Irmãs Franciscanas Hospitaleiras da Imaculada Conceição que permaneceram no imóvel até 1974, com a designação de Colégio Português”.
Posteriormente, funcionou como liceu, Casa da Cultura, escola secundária, biblioteca municipal e por fim sede da ESCE.
O “imóvel de planta hexagonal, com um extenso e singular volume de construção de onde se destacam, ainda, a torre do zimbório e a capela de Nossa Senhora de Fátima, destaca-se pela sua imponência a todos quantos circulam nas avenidas centrais de Valença”.