Câmara de Braga vai apresentar um saldo positivo de 2,2 milhões de euros no Relatório de Gestão e Contas de 2020 e uma redução de 2% no passivo, agora nos 65,5 milhões de euros, foi hoje anunciado.
O documento, que será votado na segunda-feira, segundo o comunicado da câmara social-democrata, apresenta um ativo líquido de 603 milhões de euros no final de 2020, um “aumento de 14 milhões de euros, ou seja, de dois pontos percentuais” relativamente ao exercício anterior.
Quanto ao passivo, a câmara liderada por Ricardo Rio diz situar-se nos “65,5 milhões de euros”, uma redução de “2% face a 2019, ou seja, menos um milhão de euros, um valor que poderia ser mais expressivo não fosse a necessidade de aumentar o valor das provisões em 2,7 milhões de euros como forma de precaver encargos futuros, designadamente os que decorrem da construção do Estádio Municipal”.
Neste particular, acrescenta a câmara, nos dois últimos exercícios económicos o município “logrou diminuir o passivo na ordem dos 6,6 milhões de euros”.
“A aprovação da dissolução e liquidação da SGEB – Sociedade Gestora de Equipamentos de Braga, S.A., um objetivo assumido pelo executivo municipal que só foi possível concretizar devido à supressão pela Assembleia da República do limite de endividamento das autarquias devido à covid-19 (…) permitirá um ganho potencial de aproximadamente 52,4 milhões de euros que muito irá beneficiar os bracarenses no futuro próximo”, destaca ainda o comunicado.
Relativamente aos investimentos, a câmara minhota, em 2020, contabilizou “cerca de 20,1 milhões de euros”, um número que supera os “60 milhões de euros” quando o cenário inclui os últimos três anos, acrescenta.
O património líquido, “que totaliza 537 milhões de euros em 2020, aumentou cerca de 14,6 milhões de euros, ou seja, 3% face a 2019”, destaca ainda o documento que do exercício de 2020, apresenta ainda “95,4 milhões de euros de gastos e perdas, 97,6 milhões de euros de rendimentos e ganhos e, como efeito, um resultado líquido de 2,2 milhões de euros”.
“A receita arrecadada foi de 110,6 milhões euros, o que representa uma taxa de execução face ao orçado corrigido de 86% e, comparativamente com o valor arrecadado em 2019, uma diminuição de 2,4%, em termos absolutos, 2,7 milhões de euros, alicerçado fundamentalmente na diminuição da receita corrente na ordem dos 3,1 milhões de euros”, lê-se ainda.
Do lado da despesa, em 2020, “foi de 109,7 milhões de euros, sendo que 77 milhões de euros correspondem a despesa corrente efetuada e 32,7 milhões de euros são despesa de capital”, explica a câmara que sobre o orçamento corrigido para o ano, observa que a “taxa de execução da despesa corrente foi de 88% e a taxa de execução das despesas de capital foi de 79%, o que combinado resulta numa taxa global de 85,1%”.