Câmara de Braga aprova dissolução da SGEB

Câmara de braga aprova dissolução da sgeb

O executivo municipal aprovou hoje, 24 de abril, a internalização da SGEB – Sociedade Gestora de Equipamentos de Braga, através da sua liquidação por transmissão global do respectivo património para o Município de Braga, dando um passo significativo para a extinção desta Sociedade que representou um “período negro com nefastas implicações para o futuro dos bracarenses”.

Com este processo, a autarquia vai conseguir uma poupança na ordem dos 90 milhões de euros aos cofres municipais, seja pela cessação do pagamento de rendas à SGEB, pela utilização dos equipamentos decorrente da internalização, quer ainda pela reestruturação dos passivos bancários.

Recorde-se que, actualmente, a Câmara Municipal despende uma verba superior a 6 milhões de euros anuais para o pagamento de rendas dos equipamentos à SGEB.

“Nestes moldes, a SGEB custaria, no final dos 25 anos de duração previstos e só contabilizando as obras já executadas, cerca de 150 milhões de euros aos cofres municipais. Atendendo a esta situação, a nossa prioridade, desde o primeiro momento, foi encontrar forma de extinguir a sociedade e estudar outras soluções para os equipamentos previstos e não realizados”, refere o edil.

O município irá contrair um empréstimo bancário de 50 milhões de euros para proceder ao processo de internalização e liquidar todos os passivos da sociedade referentes a fornecedores, suprimentos e divida à banca, “o equivalente a um valor mensal de 3 milhões de euros, metade do que actualmente está a ser pago em rendas para a SGEB”, como explica Ricardo Rio, salientando que os equipamentos continuarão ao serviço da população.

O presidente do executivo municipal recorda que a SGEB foi constituída em 2009 “por motivos puramente eleitoralistas, sem qualquer tipo de planeamento prévio ou análise das necessidades do território, representando um período negro para o interesso público do ponto de vista financeiro, do rigor e da transparência”.

O processo de internalização da SGEB representa, por isso, uma ‘inversão completa’ do modelo de gestão da autarquia.

“Durante este tempo, andou-se a deitar dinheiro pela janela. Esse tempo de despesismo e irresponsabilidade terminou. Enquanto uns gastaram para outros pagarem, nós estamos a pagar para que outros não tenham de gastar”, frisou o autarca.

 
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